Foto: Reprodução |
O cabo da Marinha Rian
Maurício Tavares Mota, acusado de preparar e pilotar drones lança-granadas para
o Comando Vermelho (CV), tem salário de R$ 4.360,82. A remuneração bruta dele
consta no Portal da Transparência do Governo Federal.
Rian foi preso pela Polícia
Federal na última segunda-feira (16), na unidade em que trabalhava, no 3º
Comando da Força de Superfície, em Niterói (RJ), na região metropolitana do Rio
de Janeiro.
O militar foi um dos alvos da Operação Buzz Bomb, deflagrada
pela PF para reprimir o uso de drones pelo Comando Vermelho, a maior facção
criminosa do Rio de Janeiro contra forças de segurança, quadrilhas rivais e
milicianos.
Mesmo preso, Rian seguirá
recebendo salário da Marinha. Isso porque o pagamento só é cessado se o militar
for expulso da Força. Esse processo pode levar anos para ser concluído.
Entenda a atuação do cabo da
Marinha junto ao CV
Além de preparar e pilotar os
drones lança-granada, o cabo da Marinha ajudava o líder do CV no Complexo da
Penha, conhecido como “Doca”, a elaborar estratégias de ampliação do domínio
territorial do grupo criminoso.
Conforme noticiado pela coluna Na Mira, as investigações da
PF começaram após um ataque de traficantes do CV contra milicianos, com uso de
drones equipados com dispensadores capazes de arremessar artefatos explosivos,
na comunidade da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
No curso das apurações, a
Polícia Federal identificou Rian Maurício Tavares como responsável por operar a
aeronave remotamente pilotada para o ataque, que ocorreu em 15 de fevereiro
deste ano. Os investigadores descobriram, além dos ataques, o uso dos drones
para vigiar as ações policiais nas regiões no Complexo da Penha, bem como em
outras áreas dominadas pela facção criminosa.
Fonte: Metropolis
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