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O Ministério Público do Estado
do Ceará, por meio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), com apoio do
Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil, deflagrou na manhã
desta terça-feira (03/09), em Maracanaú, a Operação “Predador”. Foram cumpridos
seis mandados de busca e apreensão contra cinco advogados suspeitos de
ingressar com ações contra instituições bancárias sem o conhecimento das
pessoas que deveriam ser beneficiadas, ficando os investigados com eventuais
valores ganhos em decisões judiciais favoráveis. Os suspeitos poderão responder
por crime contra a administração da justiça, além de associação criminosa,
apropriação indébita e falsidade ideológica.
Dos seis mandados deferidos
pelo 4º Núcleo Regional de Custódia e Inquéritos de Caucaia, cinco foram
cumpridos nas residências dos investigados e um no escritório de advocacia de
um deles. Foram apreendidos notebooks, HD’s, pendrives, celulares e documentos,
que seguirão para análise do MP do Ceará.
A investigação
A investigação do Nuinc
iniciou em 2020, após a 3ª Vara Cível de Maracanaú suspeitar da atuação dos
advogados nos processos em questão. A apuração apontou que eles obtinham dados
pessoais de cidadãos em situação de vulnerabilidade, em grande maioria idosos,
de forma ilícita, e ingressavam com as ações contra bancos sem o conhecimento
dessas pessoas. Os investigados então, nos casos de decisão favorável às ações,
apossavam-se dos valores recebidos, sem comunicar aos seus “clientes”.
Nome da operação
A operação recebeu o nome de
“Predador” em virtude das “ações predatórias”, ou seja, repetitivas,
supostamente ajuizadas por advogados a partir da obtenção de dados sem o
conhecimento dos cidadãos que seriam partes da ação.
Fonte: MPCE
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