O
advogado criminalista Fernando Costa Oliveira Magalhães, que já defendeu Adélio Bispo, autor da facada contra Bolsonaro, e o
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, condenado pela morte
de Eliza Samudio, é dono do avião onde a PF (Polícia Federal) apreendeu mais de meio milhão de reais, em Belo
Horizonte. A informação foi confirmada à reportagem por fontes ligadas à
investigação, nesta sexta-feira (16).
Procurado
pela RECORD Minas, Magalhães negou que tenha relação com o montante e
disse que não estava na aeronave. O advogado afirmou que o dinheiro pertence a
um homem que o piloto deu carona no bimotor. Ainda segundo o criminalista, o
responsável pelos valores afirmou que as cédulas seriam provenientes da
negociação de uma casa. “A aeronave está legalizada e regular, tendo sido
liberada juntamente com o piloto no mesmo ato”, completou o dono do avião.
Ao
todo, foram apreendidos R$ 583 mil. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira
(16), a PF informou que o valor estava com dois passageiros de uma das
aeronaves inspecionadas durante operação no Aeródromo Carlos Drummond de
Andrade, conhecido como Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. O avião havia
chegado de São Paulo. A dupla foi levada para prestar esclarecimentos e o
dinheiro apreendido, por estar “sem comprovação da origem”. De acordo com o
advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães, o dinheiro estava na bagagem
pessoal do passageiro convidado pelo piloto.
A
operação que chegou ao dinheiro tinha como foco fazer vistoria nos hangares do
aeroporto. Durante a ação, empresas que atuam no local foram notificadas por
irregularidades.
O
avião envolvido na ocorrência é um bimotor EMB-810C, da Embraer, fabricado em
1980. A aeronave de prefixo PT-RDK tem capacidade para transportar sete
pessoas. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave
não pode ser usada para táxi aéreo.
Sobre
a operação nos hangares, a administração do Aeroporto da Pampulha afirmou que
opera em plena conformidade com as normas de segurança da Anac e que apoia a PF
nas inspeções de rotina. A gerência ainda informou que não teve acesso ao
relatório das irregularidades encontradas pela PF.
Histórico
Em
junho deste ano, o advogado criminalista Fernando Costa Oliveira Magalhães
foi alvo de outra operação da Polícia Federal. Na época, o
inquérito apontou que o advogado teria ligação com empresas de fachada criadas
para lavar dinheiro de organizações criminosas. Os crimes foram negados por
ele.
Fonte:
Noticias R7
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