Justiça condena deputada federal por uso de verba da Câmara para pagar empregado particular

 

Foto: Reprodução

Parlamentar nega ter cometido qualquer crime e afirma que é 'alvo de calúnias'

A Justiça Federal no Acre condenou a deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos-AC) por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ela teria usado verba da Câmara para remunerar um empregado que fazia serviços particulares em uma emissora de rádio da família da deputada. Nas redes sociais, a parlamentar negou ter cometido qualquer crime e afirmou que é "alvo de calúnias".

Com base em uma ação trabalhista movida pelo próprio empregado, Madson de Paula Barbosa, a denúncia foi apresentada contra ela e a filha, Milena Godoy. Da decisão, ainda cabe recurso.

Na ação, o funcionário comprovou que, enquanto esteve nomeado no gabinete de Antônia Lúcia em Brasília, entre 14 de fevereiro de 2011 e 8 de outubro de 2012, exercia a função de técnico de manutenção numa rádio no interior do Acre.

“Nesse cenário, afirmam que o ato de enriquecimento ilícito consistiria no custeio de servidor público com recursos do erário para uso particular na empresa mencionada, desviando-se das atribuições do cargo para o qual foi nomeado”, disse a juíza Luzia Farias da Silva Mendonça, na sentença.

Pela decisão, a deputada e a filha ficam com os direitos políticos suspensos por 10 anos. Elas também foram condenadas a pagar uma multa equivalente ao total da remuneração paga ao empregado durante o período em que esteve vinculado à Câmara dos Deputados.

Nas redes sociais, Antônia Lúcia alegou que o funcionário, "cometeu erros graves, causando prejuízos imensuráveis" ao seu mandato parlamentar.

"Insatisfeito com a demissão, que é um direito legítimo do parlamentar, este indivíduo resolveu propagar calúnias com o intuito de me prejudicar. O parecer técnico e a manifestação do Ministério Público Federal, emitidos em 20/06/2024, determinaram o arquivamento do caso, considerando as provas apresentadas nulas e incapazes de comprovar a veracidade das alegações. Isso reforça nossa posição de que as acusações são infundadas e caluniosas", escreveu a deputada.

Segundo ela, o processo "tramitou repleto de vícios e equívocos, os quais serão sanados com os recursos apropriados"

"Acreditamos na Justiça e estamos confiantes de que as devidas correções serão feitas".

Fonte: O Globo

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