Polícia
Federal barrou a entrada de Muslim Abuumar e de familiares na sexta-feira, após
receber informações de inteligência do FBI repassadas pela Embaixada dos
Estados Unidos.
A
Justiça Federal de São Paulo decidiu
autorizar neste domingo (23) a repatriação do palestino Muslim M. A. Abuumar,
de 37 anos, por suposta ligação com o grupo terrorista Hamas. O homem estava
retido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com a esposa
grávida de sete meses, o filho de seis anos e a sogra.
Muslim
é diretor fundador do Asia Middle East Center (AMEC), grupo dedicado à
pesquisa e análise de diversas sociedades da Ásia e do Oriente Médio. A missão
da instituição é aumentar a produção de conhecimento e aprofundar a compreensão
sobre essas regiões entre intelectuais, acadêmicos e políticos
A
família chegou ao aeroporto na última sexta-feira (21) e foi impedida de
ingressar no país pela Polícia Federal (PF), com base em informações de
inteligência repassadas pela Embaixada dos Estados Unidos. Eles vieram do
Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia.
No
sábado (22), a defesa do palestino ajuizou um mandado de segurança na Justiça
Federal para tentar reverter a decisão da PF. Em liminar, a Justiça deu prazo
de 24 horas para a instituição prestar informações.
Entretanto, no domingo, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região entendeu legítimos os motivos de impedimento, conforme acordos e convenções internacionais, e autorizou a repatriação. No mesmo dia, a família embarcou em um avião da Qatar Airways, às 20h15, com destino a Doha, e deixou o Brasil.
Suposta
ligação com terrorismo
Segundo
a decisão judicial, a Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Polícia Federal
recebeu a informação de que um "operativo" e "membro do gabinete
internacional do grupo" Hamas, identificado como Muslim Abuumar, estaria
chegando ao país.
O
nome do palestino tem registro no Terrorism Screening Center (Centro de
triagem de terrorismo, em português), que é um banco de dados do FBI
(Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos) que contém
informações sobre pessoas com "comprovado envolvimento com terrorismo e
sobre pessoas sobre as quais recaem fundadas suspeitas".
Fonte: G1
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