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A
Força Aérea Brasileira (FAB) poderá ser autorizada a receber ainda este ano os
primeiros exemplares de uma encomenda de 24 aeronaves Lockheed Martin F-16C/D
Block 40/42. O texto a seguir descreve aquele que poderá se tornar o vetor da
aviação de caça complementar do Gripen na FAB
A
origem da opção do F-16 para a FAB apareceu em uma apresentação em PowerPoint
do Comando da Aeronáutica, quando a imagem daquela aeronave ao lado do Gripen
dava a entender que serviria como um possível substituto para as unidades de
Northrop/Embraer F-5EM/FM “Tiger II” Aeritalia/Embraer A-1M “Falcão” que
deixarão a ordem de batalha da FAB antes do fim da presente década, assim
complementando os Saab/Embraer F-39E/F Gripen, que começam a equipar a primeira
linha da aviação de caça da Força Aérea Brasileira.
O
F-16C/D Block 40/42 “Night Falcon”
Algumas
fontes afirmam que na verdade o F-16 representa uma de pelo menos três opções
atualmente consideradas pela FAB como um complemento do Gripen, com informações
assegurando que no caso dos F-16 a versão considerada pela Força Aérea
Brasileira é a F-16C/D Block 40/42, também conhecida como “Night Falcon”.
Apresentada ao público pela
primeira vez em dezembro de 1988, esta versão do “Fighting Falcon” apresenta
capacidades multifuncionais aprimoradas para ataques noturnos e sob qualquer
condição climática, sendo em verdade resultado do terceiro estágio do programa
MSIP (Multinational Staged Improvement Program, Programa Multinacional de
Aperfeiçoamento em Fases, originalmente concebido para o desenvolvimento das
versões iniciais do F-16).
O “Night Falcon” introduziu o
sistema de navegação e mira Martin-Marietta LANTIRN (Low-Altitude Navigation
and Targeting Infra-Red for Night, Navegação à Baixa Altitude e Pontaria
Infravermelha para a Noite), que permite realizar ataques terrestres noturnos e
em mau tempo.
Este sistema consiste em dois
pods separados, ambos instalados sob a entrada de ar: um pod de navegação
AN/AAQ-13 transportado no pilone esquerdo e um pod de pontaria AN/AAQ-14 no
pilone direito. O AN/AAQ-13 possui um sensor infravermelho de visada frontal
grande angular e um radar de acompanhamento de terreno da Texas Instruments,
enquanto o pod AN/AAQ-14 possui um gerador de imagens infravermelho
estabilizado e orientável e um telêmetro laser.
O LANTIRN interage com os
controles de voo, uma vez que o pod realmente controla a aeronave enquanto está
no modo de acompanhamento de terreno, exigindo muito mais automação para
permitir que o piloto voe sem intervenção durante o emprego de armas, com o
sistema de controle de voo analógico do F-16 sendo substituído por um sistema
de controle de voo de redundância quádrupla da AlliedSignal.
O sistema de controle de voo
digital faz com que os dados saiam do LANTIRN direto para o sistema de controle
de voo da aeronave, permitindo a capacidade automática de acompanhamento do
terreno. O Block 42 é fornecido com um receptor de navegação GPS totalmente
integrado, sendo a primeira aeronave de combate assim equipada. Os F-16C/D
Block 42 também são equipados com sistema de pontaria difrativa e Heads Up
Display holográfico grande angular da GEC-Marconi, oferecendo um campo de visão
mais amplo do que o HUD reflexivo anterior, com as imagens sendo sobrepostas à
visão externa e o equipamento recebendo imagens térmicas do LANTIRN.
Fonte: Poder
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