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| Foto: Reprodução |
Dois oficiais da Polícia
Militar do Ceará (PMCE) se tornaram alvo de um Conselho de Justificação,
da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário, que vai apurar supostas condutas criminosas deles enquanto
atuavam no Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA). Eles são acusados
concussão (exigir vantagem indevida) e corrupção passiva durante
operações.
A
medida foi anunciada em portaria da CGD publicada no Diário Oficial do Estado
no último dia 5 de abril. A investigação, que também é criminal, começou em 2019 com
a Operação Espanta Raposa, deflagrada pelo Ministério Público do
Estado do Ceará (MPCE). Atualmente, um total de nove PMs são réus na Vara da Auditoria Militar do Ceará, e
o processo se encontra em fase de instrução, com oitiva de testemunhas.
No
dia 26 de janeiro, foi marcada uma audiência, mas as testemunhas de acusação
não compareceram. O MPCE insistiu que elas fossem ouvidas, e o juiz encerrou o
momento para que as pessoas fossem intimadas. Inclusive, uma condução
coercitiva para uma das testemunhas foi definida.
São
alvos do Conselho de Justificação da CGD:
Tenente-coronel
Paulo de Tasso Marques
Major
Francisco Marcelo Nântua Beserra
A
defesa do major informou que não houve a citação formal e que só se posicionará
após "ter conhecimento do pleno teor do procedimento". O Diário do
Nordeste não localizou a defesa do tenente-coronel Paulo de Tasso.
De acordo com o documento, o
Conselho vai apurar "supostos delitos tais como associação criminosa,
corrupção passiva, peculato, concussão, condescendência criminosa, além de
crimes ambientais, praticados, em tese, por policiais militares".
Para o processo, foi
instituída a 1ª Comissão de Processos Regulares Militar (1ª CPRM), presidida
pelo coronel Arlindo da Cunha Medina Neto.
O Conselho espera desvendar as
"condutas transgressivas que lhes são atribuídas, bem como, se cada um
está ou não definitivamente inabilitado para ingresso em Quadro de Acesso e/ou
se está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na situação em que se encontra
na inatividade da Corporação Militar a qual pertence".
Fonte: Diário do Nordeste

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