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Foto: Reprodução |
Corporação alega que está
ouvindo toda a tropa para tentar descobrir onde as armas foram parar. Armamento
sumiu do Arsenal de Guerra na última terça (10). Exército apura se há algum
militar envolvido no crime. Polícia tenta procurar metralhadoras furtadas.
O desparecimento do armamento
só foi notado na última terça-feira (10), quando a corporação realizou uma
vistoria interna no Arsenal de Guerra em Barueri e detectou uma discrepância no
número de metralhadoras.
Desde então, soldados, cabos,
sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis estão
"aquartelados" por determinação dos superiores hierárquicos. Seus
celulares foram confiscados para não se comunicarem com parentes. O contato com
eles está sendo feito por meio de um representante do Exército.
Nos últimos dias, familiares
têm ido até a frente da base pedir informações sobre os militares retidos.
Apesar de o Exército informar que nenhum deles está detido ou preso, ninguém
pode ir para casa. A corporação informou que a medida é necessária para tentar
localizar e recuperar o armamento.
O sumiço das 13 metralhadoras
calibre .50, que podem derrubar até aeronaves, e das oito metralhadoras calibre
7,62 está sendo investigado exclusivamente pelo Exército. O Comando
Militar do Sudeste (CMSE), na capital de São Paulo, e o Departamento de
Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília, enviaram comitivas para apurar o
extravio do arsenal.
Fontes do g1 avaliam
se o furto das metralhadoras ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal
de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime. E se elas
saíram da base dentro de caminhões do Exército, entre setembro e esse mês de
outubro.
Até a última atualização desta
reportagem, no entanto, nenhum suspeito foi identificado ou preso. E nenhuma
das metralhadoras havia sido recuperada. Ainda não há confirmação se criminosos
entraram na base e se alguma câmera gravou o desaparecimento das armas.
Segundo o Instituto Sou
da Paz, este foi o maior desvio de armas de uma base do Exército brasileiro
desde 2009, quando sete fuzis foram roubados por criminosos de um batalhão em
Caçapava, interior de São Paulo. Naquela ocasião, a polícia paulista recuperou
todas as armas e prendeu suspeitos pelo crime, entre eles um militar.
No caso de furto das armas em
Barueri, o Exército não registrou boletim de ocorrência na polícia. Apesar de
não investigar o crime, a Polícia Civil tenta encontrar as metralhadoras que
sumiram. A Polícia Militar (PM) também está realizando operações nas ruas para
buscar o armamento.
Agentes das forças de
segurança do estado analisam ainda câmeras de monitoramento de Barueri para
saber se elas gravaram alguma pessoa ou algum veículo suspeito de transportar
as armas do quartel.
Neste final de semana, o
secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o
furto das metralhadoras pode ter "consequências
catastróficas" se as armas forem para o crime organizado, podendo
colocar em risco a população.
Fonte: G1
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