Aranha de 310 milhões de anos achada na Alemanha surpreende pesquisadores

 

Foto: Reprodução

Fóssil bem preservado de aracnídeo pertence a espécie que nunca havia sido estudada antes; trata-se da aranha mais antiga do país europeu

Um fóssil de aranha encontrado nos arredores de Osnabrück, na Alemanha, tem deixado cientistas surpresos. Datado de cerca de 310 milhões de anos, o objeto foi determinado como o mais antigo registro desse tipo de animal no país europeu; e, além disso, após anos de pesquisa, um especialista chegou à conclusão que o ser vivo pertence a uma espécie que nunca havia sido estudada.

 

A relíquia foi encontrada por Tim Wolterbeek, pesquisador de geociências da Universidade de Utrecht (Países Baixos), há quase quatro anos. Após realizar algumas análises do achado, ele decidiu deixar o objeto com alguém que fosse especializado no estudo de aracnídeos; assim, a pesquisa sobre a aranha ficou a cargo de Jason Dunlop, do Instituto Leibniz para a Evolução e Ciência da Biodiversidade, na Alemanha.

Num artigo divulgado em 16 de julho na publicação PalZ, Dunlop aponta que o fóssil da Era Paleozoica pertence à ordem Araneae, o que o separa de grupos anteriores de aracnídeos parecidos com as aranhas. O pesquisador nota que o notável estado de conservação do objeto permitiu que ele verificasse essa classificação.

"Característico do gênero, o novo fóssil revela um opistossoma dorsal tuberculado posteriormente e pernas relativamente alongadas e cerdas, sendo que a primeira perna é mais longa que a segunda e a terceira. As fieiras [órgãos produtor de seda] também são preservadas, confirmando seu status como uma aranha genuína", descreve Dunlop em seu artigo.

Aranha rara

Ao determinar que o fóssil realmente pertencia a uma nova espécie, Dunlop decidiu batizar a aranha de Arthrolycosa wolterbeeki, em homenagem ao pesquisador que a encontrou.

 

Fonte: Galileu Ciência

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