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| Foto: Reprodução |
A Prefeitura de Fortaleza
realiza constantemente, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ações
de prevenção e combate ao barbeiro _(Trypanosoma cruzi, agente etiológico)_
inseto transmissor da doença de Chagas. O trabalho é realizado pelos agentes de
combate às endemias, com estratégias de vigilância e controle de transmissão
vetorial, verificação e reconhecimento dos insetos, além de orientação e
conscientização à população sobre a doença.
Além das atividades de
rotina do Programa de Controle da doença de Chagas, o coordenador de endemias
de Fortaleza, Carlos Barbosa, explica que o trabalho também consiste na
verificação das residências que acionam a Vigilância Ambiental para verificar a
possibilidade da presença do barbeiro.
A doença de Chagas tem como
vetores os triatomíneos (insetos) popularmente conhecidos como barbeiros. Em
Fortaleza, a espécie predominante capturada é a _Triatoma Rubrofasciata_, que
se alimenta, preferencialmente, por meio do sangue de roedores. Até hoje, não
há captura registrada, em análises, de inseto infectado com o parasita causador
da doença.
“A forma de controle da
doença é evitando que o inseto barbeiro forme colônias, ou seja, quando um
grupo da mesma espécie passa a se adaptar e se reproduzir no ambiente dentro ou
perto das residências”, explica o coordenador. Quando são constatados, os
agentes de endemias realizam ações de controle químico vetorial, se necessário,
em todos os locais da residência e imóveis circunvizinhos onde possa existir a
possibilidade da reprodução do inseto. Quando capturado, o inseto suspeito é
coletado para exames de classificação da espécie, teste laboratorial para
detectar a presença do parasita da doença no inseto e emissão de laudo.
Ainda segundo o coordenador
de endemias, esclarecer a população é fundamental, por meio de atividades de
educação em saúde, pois há presença de outros percevejos semelhantes aos
triatomíneos, mas que não representam perigo e são comuns em áreas de vegetação
da cidade. O surgimento está associado ao período da quadra chuvosa, devido às
altas temperaturas, ao aumento da vegetação e em locais como terrenos baldios.
O inseto barbeiro vive em regiões onde a doença é endêmica e comum, a exemplo
da região norte do País. Mas podem ser encontrados em áreas urbanas.
Balanço
Em 2022, foram realizadas
pesquisas de Triatomíneos em 8.435 visitas domiciliares e constatado a presença
da espécie T. Rubrofasciata em 13 residências, sendo levados ao laboratório
para pesquisa e análise parasitária. Os laudos foram negativos para a presença
de Trypanosoma cruzi (T. cruzi), agente etiológico da doença de Chagas. Ao
longo do ano, 50 residências foram borrifadas (intradomiciliar ou
peridomiciliar) com o inseticida para prevenção e controle.
Até abril deste ano, 1.901
unidades domiciliares já foram pesquisadas. Foi verificada a presença de T.
Rubrofasciata em duas unidades, com também análise negativa para doença de
Chagas e aplicação de inseticida em quatro imóveis.
Sobre a doença
A doença de Chagas é uma
condição causada por um protozoário, o T. Cruzi, transmitido pelas fezes do
inseto conhecido como barbeiro. A transmissão ao ser humano não ocorre
diretamente pela picada do inseto, se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita
sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca
coceira, e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da
picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano,
também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes
recentes existentes na pele.
Tratamento
O tratamento aos pacientes é
indicado e acompanhado por um médico, após a confirmação da doença. Para
confirmação, é necessária a realização de exame laboratorial, ofertado
gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SMS).
(*)com informação da PMF
Fonte: Ceará agora

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