O vice-presidente do Banco Europeu de Investimentos (BEI, na sigla traduzida), Ricardo Mourinho, revelou que a instituição financeira tem em sua mira possíveis oportunidades de financiar projetos produtores de hidrogênio verde no Ceará.
O Estado possui um hub de H2V
em desenvolvimento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) com quase
30 protocolos de intenção assinados.
Atualmente, ainda não há
negociações em andamento, mas o executivo pontuou que a transição energética é
um dos focos do banco de políticas públicas. O BEI já atua no Brasil desde 1997
e possui cooperação com o banco do Nordeste
Em visita ao Ceará, Mourinho
ressalta que, sendo um banco de desenvolvimento, é importante que a instituição
fomente o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem a descarbonização da
economia até 2050.
"O essencial é ter
energia verde, depois, é ter como utilizá-la. Essa é uma vertente que o Brasil
não só está bastante avançado, mas como está à frente. Entendo que há um ímpeto
grande do Governo Federal em caminharmos em direção à descarbonização",
afirma.
O BEI já possui na sua
carteira financiamento a projetos eólicos offshore na Europa, segmento que
também pode ser contemplado no Ceará, tendo em vista o Estado possui 23
empreendimentos aguardando licenciamento ambiental junto ao Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
O vice-presidente ainda
destaca que o banco financiaria não somente as grandes empresas do setor de
energia eólica offshore e H2V, mas também as pequenas e médias empresas,
fomentando a descarbonização dessas e incrementando, consequentemente, a
demanda por energia limpa.
"Não estamos só focados
nos grandes projetos e infraestrutura. Queremos prestigiar as grandes empresas,
que tem um papel muito importante, mas também as pequenas e médias empresas.
Portanto, estamos em todo o ciclo de produção", esclarece.
Fonte; Diário do Nordeste

Postar um comentário