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Foto: Reprodução |
Os golpes eram aplicados de
dentro da penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, região metropolitana do
Rio de Janeiro, onde foram encontrados chips de celulares e drogas.
O presidiário identificado pela Polícia
Civil como responsável por extorquir dinheiro de
comerciantes do Ceará mantinha uma lista com os nomes dos estabelecimentos e
das vítimas contra as quais ele aplicava os golpes.
Na lista constam nomes de
pizzarias, lanchonetes, mercadinhos e até escolas. O homem cumpre pena por
tráfico de drogas na penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, região
metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com o Delegado do
Departamento de Inteligência da Polícia Civil, Daniel Diógenes, ele fazia
ameaças dizendo que a segurança do estabelecimento das vítimas estava em risco
caso não fizessem o pagamento do valor exigido.
"Ele mantinha contato com
o telefone fixo do estabelecimento comercial, se identificava como membro de
uma facção criminosa e passava a extorquir dinheiro dos comerciantes para
garantir uma suposta segurança do comércio. Não foi constatada nenhuma relação
dele com facções criminosas do Ceará. Ele se aproveitava do temor da população
para poder conseguir uma vantagem econômica indevida", explicou.
Estelionatários se passam por membros
de facção para extorquir dinheiro de moradores no Ceará
O delegado disse ainda que o
homem pesquisava na internet por nomes de criminosos conhecidos do estado do
Ceará para que as vítimas não duvidassem das ameaças feitas por ele.
"As anotações encontradas
dentro da cela do infrator revelaram que ele realizava pesquisa em fontes
abertas na internet acerca de criminosos do estado do Ceará para poder passar
uma versão mais crível para a sua abordagem. Aqueles que foram vítimas desse
tipo de crime, façam o registro de um boletim de ocorrência para que a polícia
possa investigar e chegar até a esses infratores", completou.
A identificação do suspeito se
deu após troca de informações com a Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária do Rio de Janeiro, uma vistoria foi realizada na cela do detento,
onde nove aparelhos celulares, chips de operadoras de telefonia e drogas foram
apreendidas.
A Polícia Civil informou que
no decorrer das investigações, conduzidas pelo Departamento de Polícia
Judiciária Especializada, foi identificado que boa parte das denúncias se
referem a casos de estelionato. As investigações em torno do suspeito seguem
para tentar identificar outros participantes da ação criminosa.
Fonte: G1
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