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| Foto: Reprodução |
O motorista de aplicativo
acusado de matar a namorada grávida, Wando Cordeiro de
Vasconcelos, de 35 anos, será levado a júri popular, conforme determinado
pelo Juízo da 5ª Vara do Júri de Fortaleza nesta quarta-feira (19).
O crime ocorreu em 13 de janeiro. A vítima, Maria
Efigênia Soares, de 28 anos, estudava fisioterapia e estava grávida de seis
semanas de Wando. Ela teve o corpo carbonizado e abandonado no município
de Chorozinho, na Grande Fortaleza, às margens da BR-116.
Segundo as investigações
policiais, Wando não aceitava a gravidez e premeditou o crime. Ele foi preso em
14 de janeiro, pela Polícia Civil do Ceará, e indicou o local onde havia
deixado o corpo.
Os policiais encontraram Wando
após rastrear as ligações que Efigênia recebeu no dia que desapareceu. Ele foi
localizado em Pacajus e estava com o celular da vítima. Em depoimento, o
motorista de aplicativo negou a motivação e informou que esteve com a
vítima no dia do desaparecimento, mas a deixou em uma casa no bairro Planalto
Ayrton Senna.
Ele foi autuado por
homicídio com qualificadores de motivo torpe, meio da morte por asfixia,
impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, além de ocultação de cadáver.
Em 22 de janeiro, o Ministério
Público apresentou denúncia contra Vasconcelos, aceita pela justiça em 25
do mesmo mês.
A defesa chegou a pedir
revogação da prisão, alegando que Wando não tem antecedentes criminais, tem
endereço fixo e profissão definida, mas o pedido foi indeferido pela
Justiça.
Na decisão de levar o réu a
júri popular, o Juízo da 5ª Vara do Júri de Fortaleza indica a necessidade em
consequência
do crime conexo. E aponta que
está provada a materialidade dos delitos, "diante dos indícios de autoria
constantes nos autos".
ESTUDANTE DE
FISIOTERAPIA
Em entrevista ao Diário
do Nordeste, na época do crime, familiares da universitária afirmaram que não
sabiam do relacionamento da de Efigênia com o suspeito.
A mãe de Efigênia, Jaqueline
Santana, contou que a filha saiu de casa na noite de 13 de janeiro, no bairro
José Walter, em Fortaleza, informando que iria a um supermercado, e não
retornou.
O réu forjou o sequestro da
mulher e enviou mensagem para a família dela fingindo ser integrante de uma
facção criminosa e pediu R$ 20 mil de resgate para "liberá-la". As
investigações apontam que o Wando trafegou cerca de 50 quilômetros com o corpo
da vítima no carro, até abandoná-lo às margens da BR-116.
A família soube da morte da
estudante pela Divisão Anti-Sequestro (DAS), que investigava o
desaparecimento da universitária. "Eu tava triste, mas, ao mesmo tempo,
estava acreditando em Deus. Quando foi de tardezinha, entrando pela noite, o
delegado me deu a notícia que o cara que tava com ela havia matado. Ele
(suspeito) quis dizer que ela tava envolvida em coisa errada, ele quis
induzir as pessoas a acreditarem que ela estava envolvida em coisa
errada", relatou a mãe da universitária.
Fonte: Site Miséria

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