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Foto: Natinho Rodrigues |
O ex-governador do Ceará, Adauto Bezerra, de 94 anos, morreu
na madrugada deste sábado (3). O velório ocorrerá no Cemitério Parque
da Paz, em Fortaleza. O político completaria 95 anos no próximo 3 de junho.
Segundo o ex-prefeito de Juazeiro do Norte e ex-deputado
federal, Arnon Bezerra, sobrinho de Adauto, ele foi internado com
Covid-19 há cerca de uma semana, no Hospital Monte Klinikum, na
Capital.
Em março de 2020, o militar, empresário e ex-vice-governador
do Ceará, Francisco Humberto Bezerra, irmão gêmeo de Adauto
Bezerra, morreu por
complicações após uma cirurgia.
“O que nos conforta, neste momento, é que ele teve uma
história política de sucesso. Foi uma pessoa admirável e importante para a
transformação do nosso Estado, ao lado de Virgílio Távora, César Cals, Gonzaga
Mota e tantos outros que promoveram mudanças no Ceará”, disse Arnon.
O governador Camilo Santana (PT) também lamentou a perda
e decretou luto oficial de três dias no Estado. "Recebi com
muito pesar a notícia da morte do ex-governador do Ceará, Adauto Bezerra",
disse.
"Meus sentimentos a todos os familiares, amigos e
admiradores do ex-governador. Fica decretado luto oficial de três dias no
Estado", finalizou.
REPERCUSSÃO
Também sobrinho de Adauto, o deputado federal, filho de Arnon
Bezerra, Pedro Augusto Bezerra também lamentou a morte do ex-governador.
"Quero expressar aqui meu apoio, minha solidariedade e
respeito aos que dividem a dor da perca deste tão importante revolucionário,
que trilhou uma história marcante na política brasileira e que agora
descansa", disse Pedro.
O senador Tasso Jereissati (PSDB) destacou que o
legado de Adauto Bezerra "com certeza, será lembrado na história política
cearense"
Para o deputado estadual Heitor Férrer (SD-CE), o
"Ceará perdeu um de seus grandes líderes políticos e ilustre
filho".
"Cel. Adauto teve uma vida pública pautada pela
seriedade e, ao lado de seu irmão gêmeo Humberto Bezerra, fez marcante carreira
política. Foi deputado estadual entre os anos de 1958-1975 e governador do
estado entre os anos de 1975-1978", enumerou.
"Formou a tríade dos coronéis-governadores, com Virgílio
Távora e César Cals. Também foi deputado federal de 1979-1982 e vice na chapa
com o governador Gonzaga Mota", disse em publicação nas redes
sociais.
"Seu legado permanecerá vivo na história do Ceará.
Nossos sentimentos e solidariedade a todos os familiares e amigos neste momento
de tristeza e saudade", complementou.
O senador Cid Gomes (PDT) também publicou nota de
pesar: "Adauto dedicou-se à política cearense por muitos anos. Foi
presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado federal e
superintendente da Sudene", publicou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Evandro
Leitão (PDT), também relembrou a trajetória política de Adauto.
"Recebi com pesar a notícia da morte do ex-governador e
ex-presidente da Assembleia Legislativa, Adauto Bezerra. Ele foi presidente da
Casa por duas vezes, em 1967 e entre 1971 e 1972. Meus sentimentos a todos os
familiares, amigos e admiradores de Adauto Bezerra", lamentou.
O ex-prefeito Roberto Claudio (PDT) também divulgou
nota. Segundo RC, “o coronel Adauto Bezerra faz parte de uma galeria onde
figuram as grandes expressões da política cearense".
"Foi um político que exerceu com liderança e competência
o papel de homem público tendo, em seguida, construído uma vitoriosa carreira
empresarial. Quero me associar aos sentimentos de solidariedade aos parentes e
amigos”.
O deputado Guilherme Landim (PDT) disse, nas redes
sociais, que Adauto Bezerra "deixa um legado importante de protagonismo
para todos do Cariri e do Ceará".
BIOGRAFIA
Adauto Bezerra era natural de Juazeiro do Norte, no Cariri
cearense. Ele foi deputado estadual por três mandatos, de 1959 a 1975, até se
tornar governador do Ceará, durante o regime militar (1975 e 1978), indicado
pelo então presidente Ernesto Geisel.
Em 1985, foi derrotado nas urnas para o cargo de chefe do
executivo estadual por Tasso Jereissati (PMDB). Cinco anos depois, assumiu o
comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em
1990.
Após a trajetória política, tornou-se banqueiro no Banco
Industrial e Comercial S.A. (Bicbanco), ao lado do irmão Humberto
Bezerra.

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