50% dos entrevistados acreditam já estarem vacinados até o último trimestre do ano. Estudo aponta quais serão as principais mudanças nos hábitos de lazer, trabalho, consumo e rotina pós pandemia
Para os brasileiros que pretendem se vacinar, CoronaVac/Sinovac é a
vacina mais confiável, com 71,4% de aceitação.
São Paulo, 09 de Fevereiro, 2021 - Com a aprovação das primeiras vacinas no Brasil pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Hibou - empresa de
pesquisa e monitoramento de mercado e consumo -, realizou uma pesquisa nacional
que engloba o nível de interesse dos brasileiros em tomar a vacina, marcas mais
confiáveis disponíveis e quais serão os novos hábitos da população com o fim da
pandemia, após a vacinação.
"Ficou claro para nós que o brasileiro acredita na vacina e quer
tomá-la o quanto antes para retomar 100% das atividades diante do que será o
novo normal, ou seja, a nova realidade dos hábitos pós pandemia. Os números são
claros e 87,4% da população pretende tomar a vacina. O que representa 9 entre
10 brasileiros. Apenas 12,6% têm opinião contrária e dispensam os
imunizantes", diz Ligia Mello, sócia da Hibou e
responsável pela pesquisa.
A pesquisa aponta, ainda, que mais da metade dos
brasileiros, 54,3% acredita que já estarão vacinados até o último trimestre de
2021. Pontualmente, por trimestre, 13% acredita que estará vacinado até março,
20,4% entre abril e junho, 21,9% entre julho e setembro e 17,5% entre outubro e
dezembro. Apenas 14,6% acreditam que serão vacinados apenas em 2022.
Outra discussão atualmente é sobre a confiabilidade das vacinas
aprovadas pela ANVISA e disponíveis no mercado para consumo. Considerando
apenas os brasileiros que estão interessados em tomar a vacina, a
CoronaVac/Sinovac (71,4%), a Pfizer (64%) e AstraZeneca (59%), são as três
vacinas que lideram o nível de aceitação, seguidas de Johnson & Johnson (37,8%),
Moderna (34,4%), Sputnik V (26,2%) e Sinopharm (22,1%). Até o momento, as
únicas vacinas aprovadas pela ANVISA para uso emergencial no Brasil são as da
AstraZeneca e as da Sinovac (CoronaVac).
Trazendo o recorte agora para os 12,6% que
disseram que não tomarão a vacina, destes, 54,4% não tomará, pois não confia na
vacina disponível; 21,3% não acredita em imunização contra COVID-19; para 8,5%
a substância não é recomendada para o quadro de saúde pessoal; 5,2% já contraiu
o vírus; 4,9% não toma nenhum tipo de vacina; 3,2% afirma já se garantir com
outros remédios e apenas 2,3% não acredita na pandemia.
Como vai ficar a vida do brasileiro após a
vacinação?
A pesquisa prevê que os hábitos de diversão,
trabalho, consumo e rotina devem mudar com a vacinação e o fim da pandemia.
33,7% da população pretende virar a noite na balada com menos frequência do que
faziam antes do Covid-19, assim como o barzinho com amigos, que deve diminuir o
interesse para 27,4%. Por outro lado, os passeios em parques e praças públicas
devem estar mais presentes na vida de 41,6% dos entrevistados. O interesse por
viagens de avião está maior 32,7%, a viagem a passeio também, com 43,2%, e o
almoço em família se tornará 33,9% mais frequente. A visita ao cinema e teatro
é interesse para 33,1%, assim como shows e eventos para outros 30%.
"Com o final da pandemia, outro dado muito
importante para o varejo em geral, é o que envolve as mudanças nos hábitos de
consumo dos brasileiros. Percebemos que três dessas atividades muito comuns no
dia a dia se destacaram e devem ser realizadas com menos frequência, são elas:
ir ao cabelereiro (17,1%), experimentar roupa em loja (28,7%) e passear no shopping
(27,4%)", completa Mello.
A atividade profissional também sofreu grandes
mudanças com a chegada da quarentena, principalmente em relação ao seu formato.
Pensando nisso, os entrevistados consideram que, após o período de isolamento,
atividades como Happy Hour (27,5%), levar marmita de casa (39,2%) e reuniões
por computador (26,2%) se tornarão mais frequentes. Já o almoço na rua durante
a semana deve se tornar menos frequente para 30,5%.
Outras atividades do dia a dia devem ter uma
presença ainda maior na rotina com o fim da quarentena, como cozinhar em casa
(36,8%), pedir delivery (27,3%) e andar mais a pé pela cidade (35,3%). Por
outro lado, devem ser menos frequentes as rotinas de pegar trem ou metrô
(19,6%) e ter os filhos indo à escola fisicamente (15,8%). A utilização da tecnologia
também terá mudanças, 26,9% farão maior uso de aplicativos de bancos e 16,4%
jogará mais no celular. Diferentemente do início da pandemia, 30,2% pretende
assistir menos lives, 16,4% dará menos importância às maratonas de séries de TV
e 21,7% pretende utilizar menos as redes sociais.
Mais de dois mil e quinhentos brasileiros foram
ouvidos pela empresa de maneira digital, com faixa etária acima de 20 anos, das
classes ABCD, sendo 52% casados e 55% mulheres, entre os dias 29 de janeiro e
02 de fevereiro. A pesquisa mostra 95% de significância e margem de erro de
1,9%.
Sobre a Hibou:
A Hibou é uma empresa especializada em pesquisa e
monitoramento de mercado e consumo, existente há mais de 11 anos. A Hibou
trabalha o tempo todo com informação e olhares inquietos sempre do ponto de
vista do consumidor. A empresa produz conteúdo qualificado utilizando
ferramentas proprietárias para aplicação de pesquisas e análises de
profissionais com mais de 20 anos de experiência. A Hibou oferece pesquisas
qualitativas, quantitativas; exploratórias; profundidade; de campo; duble de
cliente; deskresearch; monitoramento de comportamento; presença de marca;
expansão de região; expansão de mercado para produtos e serviços; teste de
produto e hábitos de consumo. https://www.lehibou.com.br
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