Os ganhos dos grandes bancos têm sido
impactados pelo aumento do número de players no setor com a multiplicação das
fintechs e ainda mudanças regulatórias como a do cheque especial que limitou os
juros mensais em 8% desde o mês passado.
Pressionados por maior uma concorrência com fintechs e mudanças
regulatórias, os grandes bancos privados fecharam as
portas de 430 agências no ano passado, totalizando uma rede
física de menos de dez mil pontos. Adicionando nesta conta ainda o crescimento das
operações digitais, que diminui a dependência de profissionais, o quadro de
colaboradores também se reduziu, com Itaú Unibanco, Bradesco e Santander enxugando
suas equipes em 6.923 mil pessoas, cujas saídas foram
motivadas, principalmente, por programas de demissão voluntária (PDVs).
A
expectativa dessas instituições é de que o trabalho duro feito do lado das
despesas ajude a compensar, em 2020, menores margens
financeiras e crescimento contido nas receitas de serviços e tarifas.
Os ganhos dos grandes bancos têm sido impactados pelo aumento do número de
players no setor com a multiplicação das fintechs e ainda mudanças regulatórias
como a do cheque especial que limitou os juros mensais em 8% desde o mês
passado.
O Itaú
fechou 200 agências no quarto trimestre. Apenas no Brasil a rede encolheu em 172
pontos. No ano, foram encerradas 436 unidades, empurrando a
rede física para 4,504 mil pontos, considerando Brasil e América Latina. Para
2020, a sinalização do banco, ao menos até aqui, é de que o ritmo de fechamento
de agências vai se arrefecer.
O rival
Bradesco seguiu a mesma direção, com o adendo de que não conseguiu cumprir
sua meta do lado das despesas, que cresceram 7 2% no ano
passado, acima do guidance que ia de 0% a 4%.
Com uma rede de 4,478 mil agências, o
banco enxugou sua rede em mais de 100 pontos no ano passado, sendo que a
maioria fechou as portas no último trimestre. Na outra ponta, o Santander
Brasil abriu 45 agências no ano passado.
A meta do
Bradesco para 2020 é fechar outras 300 agências.
Para compensar o estouro do guidance de custos no ano passado, o banco
estabeleceu orçamento base zero de gastos para 2020, com áreas como tecnologia
de informação, marketing e patrimônio tendo de gastar menos que no ano passado.
Do lado do
número de colaboradores, todos os grandes bancos privados
enxugaram seus times. O Itaú desligou 5.454 pessoas no ano
passado, fazendo com que seu quadro caísse de mais de 100 mil funcionários para
menos de 95 mil como reflexo de um novo programa de PDV.
O concorrente Bradesco reduziu sua equipe em 1,276 mil pessoas também
com um processo de demissão voluntária, que fez o quadro baixar para 97,329
pessoas. O Santander, embora não tenha anunciado uma iniciativa de PDV, enxugou
seu quadro em silêncio. Foram apenas 193 funcionários no ano, mas no trimestre
o corte chegou a 1.663 colaboradores.
Fonte: Diário do Nordeste