Uma
criança internada no Hospital Maternidade Geraldo Lacerda Botelho, no município
de Caririaçu, interior do Ceará, precisou ter uma das pernas imobilizada com um
papelão por falta de imobilizadores hospitalares. Esse tipo de instrumento é
usado nos primeiros socorros de vítimas de acidentes.
A criança
sofreu uma fratura exposta no domingo (1º), quando deu entrada no hospital
Geraldo Lacerda Botelho, onde recebeu os primeiros atendimentos.
Na terça-feira
(3) ela foi encaminhada ao Hospital Infantil Estephânia Rocha Lima, em Juazeiro
do Norte, onde foi avaliada pelo ortopedista responsável, sem necessidade de
procedimento cirúrgico. Após ter sido atendido, o paciente foi liberado.
Segundo a
direção do hospital de Caririaçu, a referência para ortopedia se concentra em
Juazeiro do Norte, por isso houve o encaminhamento. “O hospital é um
pronto-atendimento, não especializado em urgência e emergência, e por isso
tinha poucos imobilizadores”, aponta a direção da unidade.
A direção
informou que a unidade conta com aproximadamente dez destes materiais,
utilizados para atendimento de adultos e crianças. “Por ser no final de semana,
a gente não tinha os imobilizadores usados nas crianças. Quando a equipe vai
pegar um acidente, eles acabam indo para os hospitais junto com o paciente e a
gente só pega uma semana depois.”
Atendimento improvisado
Ainda segundo
a direção, os atendimentos pré-hospitalares, ou seja, que ocorrem antes do
paciente chegar ao hospital, deveriam ser realizados pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Contudo, a demora na chegada das
ambulâncias nas comunidades “faz com que o serviço seja realizado no hospital
[de Caririaçu]”.
A direção
pontua, ainda, que esse tipo de imobilização “pode ser feita com papelão ou
outro material” e que “nunca houve nenhum outro problema” deste tipo. “Nós
somos um hospital de pequeno porte, mas com três ambulâncias 24 horas. Fomos
contemplados com uma ambulância do Samu agora e isso vai nos ajudar bastante
também”, finaliza.
Fonte: G1