O presidente Michel Temer
confirmou que o governo estuda dar um novo reajuste para o programa
Bolsa Família. Discursando em Caraguatatuba (SP), interior de São
Paulo, para entrega de títulos de regularização fundiária, o presidente
destacou que seu governo concedeu anteriormente reajuste de 12,5% no
benefício e agora encomendou estudos para um novo aumento.
"Tendência dos governos é destruir o que o
governo anterior fez, um governo responsável não faz isso", disse Temer,
ao destacar que manteve o Bolsa Família, programa fundado pelo governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nós aumentamos, logo no começo,
o programa em 12,5% e agora já mandei fazer estudos para ver se faço um novo
aumento", informou.
Ontem, o ministro do Desenvolvimento Social,
Osmar Terra, afirmou que um reajuste do Bolsa Família deve ser anunciado
ainda este mês e pode ser aplicado com um valor acima da inflação.
O presidente repetiu que o ideal é que em
20 anos o programa não seja mais necessário, mas que no momento é
preciso mantê-lo. Ele voltou a falar do programa Progredir, lançado para dar
empregos a filhos de beneficiários.
Em seu discurso, o presidente destacou a queda
dos juros e da inflação durante seu governo, afirmando que as medidas valorizam
o salário e baixam os preços, e reafirmou a previsão de um crescimento
"de mais de 3,5%" no PIB deste ano. Ele também projetou a criação de
mais de 2 milhões de postos de trabalho em 2018. Temer rebateu o discurso de
oposição que diz ser ele o responsável pelo pico de 14 milhões de desempregados
no Brasil.
Para o presidente, a confiança no Brasil está se
restabelecendo e é preciso devolver o otimismo aos brasileiros.
"Eu reconheço que de uns tempos para cá teve início um certo pessimismo,
uma certa divisão, uma certa preocupação que abala psicologicamente as
pessoas", comentou.
Temer chegou a cometer um deslize em seu
discurso, quando afirmou que o objetivo do seu governo era "melhorar a
qualidade vida dos estrangeiros", mas se corrigiu antes de terminar a
palavra para "dos brasileiros e dos estrangeiros que moram no País".