A Polícia Federal e o
Ministério Público Federal (MPF) deflagram na manhã desta
quarta-feira (8), a operação Adinamia 1, com o objetivo de
desarticular organização criminosa que vem atuando, de forma contumaz, em
esquema de fraudes a concursos públicos e processos seletivos para ingresso no
ensino superior, por meio do Enem 2017, no Ceará e em outros estados da
Federação.
Ao todo estão sendo cumpridos 36 mandados,
sendo: 21 de busca e apreensão; quatro de prisão preventiva e 11 de condução
coercitiva, nos Estados do Ceará (Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti,
Abaiara e Lavras da Mangabeira), Paraíba (São José de Piranhas e
Cajazeiras) e Piauí (Teresina).
Cerca de 90 policiais federais participam
da Operação Adinamia 1, visando à coleta de provas dos delitos cometidos, quais
sejam: fraudes a processo seletivo e concursos públicos, organização criminosa e
lavagem de dinheiro, crimes, cujas penas preveem prisão de 1 a 4 anos, 3 a 8
anos e 3 a 10 anos de prisão, respectivamente, e multas.
Fraude
As formas da fraude consistem na violação
antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e concursos e na utilização
de candidato piloto e de ponto eletrônico, com a transmissão dos
gabaritos. O curso de medicina é o principal alvo das fraudes e também o mais
caro, sendo pago em torno de R$ 90 mil, por vaga, sendo metade do
valor pago antes do certame e metade depois de garantida a vaga.
Esse tipo de fraude tem uma repercussão
social de longo alcance, para além da questão criminal, por frustrar o esforço
de candidatos honestos que estudam e buscam legitimamente o acesso aos cursos
de nível superior e cargos públicos.