O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn,
disse nessa sexta-feira (13), em Washington, que "o processo de redução de
juros não terminou e acreditamos que vamos moderar o ritmo de queda".
Segundo o presidente, a taxa Selic e de juros reais estão em níveis
sustentáveis.
Segundo Ilan Goldfajn, há uma percepção de
analistas e também nos preços de ativos financeiros que "há confiança de
que a taxa de juros continuará baixa em período longo". Para ele,
"talvez a gente consiga no Brasil um período de inflação e juros
baixos".
Inflação
De acordo com a avaliação do presidente do Banco
Central, o País "tem componentes próprios que foram preponderantes para
reduzir inflação". Ele destacou que as expectativas de inflação estão
ancoradas no curto prazo e também as relativas aos anos de 2019 e 2020.
Para Ilan Goldfajn, as reformas fiscais adotadas
pelo governo de Michel Temer têm grande papel neste processo. "E quanto
mais cedo a reforma da Previdência for aprovada é melhor para todo mundo",
afirmou, reforçando o discurso de outros membros do governo federal, a exemplo
do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Taxa
O presidente do Banco Central disse, ainda, que
"a taxa de câmbio é flutuante" no Brasil, e "temos observado
certa estabilidade", especialmente porque o movimento de diversas moedas
pelo mundo também "apresenta estabilidade".
Ilan Goldfajn disse que o crescimento paulatino e
a inflação baixa nos Estados Unidos têm favorecido o Brasil, pois esses fatores
ajudam no ambiente benigno internacional.
PIB
Segundo Ilan Goldfajn, a retomada da economia do
Brasil está ocorrendo de forma positiva. "O Produto Interno Bruto (PIB)
deve ter trajetória de crescimento entre 2% e 3% no final deste ano, início de
2018. É uma recuperação gradual e sustentável", apontou o presidente do
BC.