Investigados desviaram recursos de aposentadorias e benefícios do INSS, segundo Polícia Federal
A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou
maioria para manter as prisões preventivas de Maurício Camisotti e Antônio
Carlos Camilo Antunes, conhecido como o 'careca do INSS'.
Os dois são apontados pela Polícia Federal como participantes
da fraude no INSS que desviou recursos de aposentados e pensionistas.
Maurício Camisotti e Antônio Antunes estão presos desde 12 de
setembro, no âmbito da operação da PF que apreendeu armas, obras de arte e
carros de luxo.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, onde os
ministros inserem os votos no sistema digital.
Os ministros Nunes Marques, Edson Fachin e André Mendonça
votaram pela manutenção da prisão. Já Gilmar Mendes se declarou impedido de
julgar o caso.
Dias Toffoli ainda deve votar, mas a decisão já está definida
a partir da formação da maioria.
FRAUDE DO INSS
Conforme as investigações, o 'careca do INSS' é facilitador
do esquema de descontos irregulares em aposentadorias e benefícios.
Ele tem ligações com intermediárias financeiras das
associações acusadas de fraude.
As empresas recebiam dinheiro das entidades e repassavam os
valores a pessoas ligadas à fraude ou servidores do INSS, segundo a
investigação.
O 'careca' recebeu R$ 53 milhões de associações de
aposentados e pensionistas e fez mais de R$ 9 milhões em transferências para
pessoas ligadas ao INSS.
O suspeito prestou depoimento à CPMI do INSS na quinta-feira
(25) e negou qualquer envolvimento no esquema de fraudes em aposentadorias. Ele
se negou a responder perguntas e disse que o apelido foi inventado.
Já Maurício Camisotti é apontado como sócio oculto de uma
entidade que recebeu recursos indevidos.
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