Lula: “Temos que criar condições de sermos rápidos para tratar da vida. É sagrado. É a função do médico, do enfermeiro e do Estado salvar vidas”. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Mais
de 3,2 mil profissionais em 45 hospitais universitários participam da ação.
Previsão é que mais de 29 mil procedimentos sejam realizados em todo o Brasil.
Cirurgias
eletivas, consultas com especialistas, exames e terapias. O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva acompanhou neste sábado, 13 de setembro, o mutirão de
atendimentos à população para reduzir filas do Sistema Único de Saúde (SUS). A
iniciativa integra o projeto Ebserh em Ação – Agora Tem Especialistas e ocorre
em 45 hospitais universitários federais da rede Ebserh em todo o Brasil.
"É
um milagre que está acontecendo neste país para fazer com que todo mundo seja
tratado em igualdade de condições. A doença não espera. Com esse programa, a
ideia é fazer com que possamos dar o atendimento na qualidade que o povo
precisa”
Luiz
Inácio Lula da Silva,
presidente
da República
Trata-se
do maior mutirão da história do SUS. O presidente acompanhou o evento na
capital federal, após uma visita para acompanhar os atendimentos no Hospital
Universitário de Brasília (HUB). O presidente teve ao lado os ministros
Alexandre Padilha (Saúde) e Camilo Santana (Educação), além do presidente da
Ebserh, Arthur Chioro, da reitora da UnB, Rozana Naves, e da superintendente do
HUB, Maria Fátima de Sousa. Além de conversar com o público em Brasília, o
presidente dialogou com ministros e representantes de outras unidades
hospitalares país afora via videoconferência.
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Outros detalhes da mobilização em todo o país
“Foram
anos para construir a possibilidade de a gente fazer com que o povo mais pobre
tenha direito a especialistas. É um milagre que está acontecendo neste país
para fazer com que todo mundo seja tratado em igualdade de condições”, afirmou
o presidente Lula durante a visita. “O rico vai no hospital e na hora tem o
exame, o especialista. As pessoas mais humildes têm de chegar num balcão e
tentar marcar uma consulta, que às vezes demora dez meses, um ano. Depois que
chega no especialista, tem de esperar o exame, a máquina, mais dez meses. A
doença não espera. Com esse programa, a ideia é fazer com que possamos dar o
atendimento na qualidade que o povo precisa”, completou.
LOGÍSTICA
– Estão programados mais de 29 mil atendimentos por meio do SUS. A ação inclui
1,9 mil cirurgias eletivas, 4,5 mil consultas especializadas e 22,7 mil exames
especializados e terapias. Os atendimentos são voltados a especialidades como
cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher. São mais de 2,5 mil
médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais especialistas, além de
700 estudantes. Ao todo, mais de 3,2 mil profissionais participam. A estratégia
reforça o compromisso com a formação, o atendimento humanizado às necessidades
da população e a redução das filas de espera. “Temos que criar condições de
sermos rápidos para tratar da vida. É sagrado. É a função do médico, do
enfermeiro e do Estado salvar vidas”.
"Vamos
transformando esse sonho em realidade. Hoje foi a mobilização dos hospitais
universitários. Os primeiros pacientes do SUS já foram atendidos em hospitais
privados pelo Mais Especialistas. Mais de 190 hospitais privados já
manifestaram interesse em participar do programa. A próxima ação é com as
carretas que vão circular pelo país"
Alexandre
Padilha,
ministro
da Saúde
DÍVIDAS
POR VAGAS – O ministro Alexandre Padilha (Saúde) lembrou de outra face do
programa, que é a troca de dívidas de hospitais privados com o Governo do
Brasil por vagas de atendimento a pacientes do SUS. “Vamos transformando esse
sonho em realidade. Hoje foi a mobilização dos hospitais universitários. Os
primeiros pacientes do SUS já foram atendidos em hospitais privados pelo Mais
Especialistas. Mais de 190 hospitais privados já manifestaram interesse em
participar do programa. A próxima ação é com as carretas que vão circular pelo
país. Outra é sobre a saúde dos caminhoneiros", listou o ministro.
SIMULTÂNEO
— De Brasília, Padilha entrou em contato com representantes do Governo e do SUS
em outras cinco das capitais que integram a mobilização. Em Belém (PA), 1.300
cirurgias, exames, consultas estão ocorrendo na Universidade Federal do Pará
(UFPA), enquanto, em Minas Gerais, estão marcadas 185 cirurgias, 1.290 exames e
782 consultas em quatro universidades federais. Na Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), em São Luís (MA), há 2.341 procedimentos ofertados, sendo 152
cirurgias. Já em Goiânia (GO) o número é de 2.049 procedimentos. O mutirão em
Curitiba (PR) funciona no Hospital das Clínicas e 2.400 famílias terão acesso a
2.326 exames, consultas e 155 cirurgias.
FORMAÇÃO
– O ministro Camilo Santana (Educação) exaltou a importância da rede de
atendimento à saúde associada à formação qualificada de profissionais. “O
governo está trazendo dignidade, oportunidade para pessoas que esperam seis
meses, até mais de um ano para fazer um exame, uma cirurgia, uma consulta. São
45 hospitais universitários públicos do SUS. É a maior rede de hospitais
públicos do Sul Global. São hospitais de ensino, pesquisa, que formam
profissionais de saúde para nossa nação”.
EBSERH
— Vinculada ao MEC, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45
hospitais universitários federais em 25 estados brasileiros. Como hospitais
vinculados a universidades federais, essas unidades têm características
específicas: atendem pacientes do SUS ao mesmo tempo em que apoiam a formação
de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
COMPROMISSO
- O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, afirmou que o Dia E reafirma o
compromisso da universidade pública e da ciência brasileira e lembrou que este
é o segundo de três mutirões previstos. “É um compromisso dos hospitais
universitários, do MEC com o Ministério da Saúde, para que essa pauta
prioritária do povo brasileira possa ser encontrada”, disse. “Assumimos o compromisso
de não apenas realizar três grandes mutirões, mas de aumentar a produção
cirúrgica dos nossos hospitais universitários em 40%”, complementou.
35
ANOS DO SUS — A mobilização também celebra um marco simbólico para a saúde
pública: o mutirão ocorre no mês em que o SUS completa 35 anos. O
vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que foi o relator da Lei
Orgânica do SUS, em 1989, quando exercia mandato de deputado federal, exaltou a
importância da política pública. “O presidente Lula foi constituinte e foi na
Constituição de 1988 que se estabeleceu a seguridade social. Um tripé: saúde,
previdência e assistência social. Assim nasceu o SUS, na Constituição de 1988.
A gente vê aqui os resultados. Um Sistema Único de Saúde com equidade,
gratuidade, universalidade e integralidade que é um exemplo para o mundo”.
SEGUNDA
EDIÇÃO — Essa é a segunda edição do Dia E neste ano. Em julho, foram realizados
12.464 procedimentos em todo o país, sendo 10.160 exames, 1.244 consultas e
1.060 cirurgias. Em 2025, a Ebserh em Ação já realizou um total de 417 mutirões
em diferentes momentos.
Fonte:
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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