Psicóloga avalia impacto positivo para saúde mental dos pais, e traz contraponto com países que já estabeleceram 4 meses de licença igualitária para mães e pais
Em 1988,
a Constituição Federal do Brasil determinou que o direito a licença paternidade
seria de 5 dias úteis. Trinta e sete anos depois, em Julho de 2025, em uma
medida considerada boa para a equidade de gênero e o apoio à
parentalidade, a Câmara dos Deputados aprovou, em regime de urgência, o Projeto
de Lei 3.935/08, que amplia
a licença-paternidade de cinco para 15 dias consecutivos.
A proposta também garante
estabilidade no emprego por 30 dias após o retorno e
estende o direito tanto para pais biológicos quanto adotivos.
A nova
regra representa um passo no reconhecimento da paternidade. Hoje, o Brasil ainda possui uma das menores
licenças-paternidade da América Latina, o que contribui para a
sobrecarga emocional e prática das mães nos primeiros dias após o nascimento do
bebê.
“A
ampliação da licença-paternidade permite que o pai esteja presente em um
momento delicado e intenso da vida familiar. Afinal, o puerpério, que dura mais
ou menos 30 dias, é um período que a mãe precisa ser assistida. Esse
tempo adicional favorece um vínculo emocional com a criança também”, destaca
Luciane Rabello, psicóloga, especialista em RH e CEO da TalentSphere People Solutions.
Luciane,
da TalentSphere, também ressalta que o impacto positivo vai além do âmbito
familiar. “No ambiente corporativo, um pai que usufrui de uma licença tende a
retornar mais motivado com seu papel profissional e pessoal. Essa conexão se
reflete em maior engajamento, menos afastamentos e melhor clima
organizacional.”
Embora
seja uma conquista, o
Brasil ainda está distante de países como a Espanha, onde a licença-paternidade
já é de quatro meses, o equivalente a 120 dias corridos,
conforme a legislação atual da União Europeia. Lá, tanto pais quanto mães têm
direito a períodos igualitários de licença remunerada, o que promove uma
cultura mais inclusiva e menos desigual em relação ao cuidado com os filhos.
Dados da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que políticas mais amplas
de licença parental têm impacto direto na saúde mental dos trabalhadores e na
produtividade das empresas. De acordo com o relatório “Family-friendly policies
and the future of work” (OIT, 2024), companhias que adotam licenças mais longas
e inclusivas registraram queda de até
20% nos índices de absenteísmo e aumentos consistentes nos níveis de satisfação
dos colaboradores.
Com o
avanço da pauta no Congresso, o debate sobre equidade no cuidado infantil e
responsabilidade compartilhada ganha força. A expectativa é que a medida
incentive empresas e instituições públicas a repensarem suas políticas
internas, promovendo mais equilíbrio e bem-estar para mães, pais e filhos.
TalentSphere
– Impulsionando Talentos e Negócios para além das fronteiras
Na
interseção entre talento e estratégia, a TalentSphere se destaca como uma
solução inovadora em gestão de talentos multiculturais e negócios, com presença
no Brasil e na Espanha. Liderada por Luciane Rabello, psicóloga, docente e
especialista em gestão de pessoas e multiculturalismo, a TalentSphere nasce da
convergência entre conhecimento acadêmico, sólida experiência internacional e
mais de 20 anos de atuação em Gestão estratégica de pessoas em empresas globais
como Red Bull, Adidas, Palfinger Group e Siemens Energy. Com um olhar
estratégico para a diversidade cultural e o potencial humano, a TalentSphere
apoia organizações na construção de culturas de alta performance através do
mindset diverso. Nossa expertise está em conectar resultados e talentos a
partir da multiculturalidade.
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