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Foto Reprodução |
Um
planeta fora do sistema solar emitiu um sinal de rádio que deixou astrônomos em
alerta. A emissão, regular e duradoura, sugere que o planeta possui um campo
magnético — algo crucial para preservar possíveis formas de vida em seu
interior.
O
campo magnético tem papel fundamental na proteção contra radiações espaciais e
no equilíbrio atmosférico. Por isso, a identificação desse sinal em outro
planeta pode ser o indício de que ele oferece condições favoráveis à vida como
conhecemos.
Campo
magnético: o escudo da vida
Na
Terra, o campo magnético é responsável por proteger a atmosfera de partículas
carregadas vindas do Sol. Ele funciona como uma barreira natural, essencial
para a manutenção de temperaturas e condições ambientais adequadas à vida.
Detectar
essa mesma característica em exoplanetas tem sido um desafio para os
astrônomos. A longa distância e a limitação dos equipamentos dificultam essa
análise, principalmente em planetas rochosos. Mas agora, com o novo sinal
identificado, essa barreira pode ter sido superada.
Descoberta
tem como alvo planeta YZ Ceti b
O
planeta que emitiu o sinal é YZ Ceti b, que fica a apenas 12 anos-luz da Terra.
O som detectado, segundo os especialistas, seria consequência do atrito entre o
campo magnético do planeta e a atividade de sua estrela. Essa relação lembra
fenômenos terrestres como a aurora boreal.
Só
que no caso do exoplaneta, a “aurora” acontece na estrela, e não no próprio
planeta. Isso aponta para uma conexão magnética intensa entre os dois corpos
celestes, como explica o estudo liderado por cientistas da Universidade do
Colorado.
Por
estar muito próximo de sua estrela, YZ Ceti b permite uma observação mais clara
dessas interações magnéticas. E isso abre caminho para estudos semelhantes com
outros exoplanetas em situações parecidas.
A
técnica utilizada nessa análise é considerada inovadora e promissora. Segundo
os pesquisadores, ela pode ser usada para examinar outros planetas e verificar
se também contam com campos magnéticos. Os resultados da pesquisa foram
divulgados na revista Nature Astronomy, fortalecendo o otimismo em relação à
vida fora do nosso sistema solar.
Fonte:
nsctotal
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