Motta liga para Gleisi em tom duro e mostra insatisfação com pagamento de emendas.

 


Por Pedro Figueiredo

Repórter da GloboNews no Congresso Nacional

As emendas voltaram a se tornar razão de atrito entre Planalto e Congresso. Líderes da Câmara reclamam que até agora o governo não pagou nada – ou quase nada – das chamadas emendas impositivas, que são de execução obrigatória.

A demora na liberação das verbas deve dificultar ainda mais a aprovação da medida provisória para compensar a suspensão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

blog apurou que a lentidão foi motivo de ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O tom de Motta foi duro. Na conversa, ele avisou à ministra que o governo terá dificuldades de aprovar qualquer medida que chegue à Casa, entre elas as propostas de aumento de arrecadação apresentadas a líderes partidários no domingo (8).

Até segunda-feira (9), o governo tinha empenhado apenas R$ 56,8 milhões de emendas obrigatórias. O valor total de emendas impositivas previsto para este ano é de R$ 25 bilhões.

O empenho é a primeira parte do processo de liberação dos valores e representa uma reserva daquele saldo no Orçamento que permite o início da execução do serviço. O pagamento até o momento foi de R$ 824 mil.

Ritmo das emendas

Para efeitos de comparação, em 29 de abril do ano passado, cerca de 40 dias antes, o governo já tinha empenhado 8,9 bilhões em emendas e pago R$ 29 milhões.

Metade das emendas obrigatoriamente precisa ser aplicada por todo parlamentar no Ministério da Saúde.

E até agora, o único valor liberado pela pasta – entre os apresentados por deputados e senadores — foi de R$ 1,2 milhão para modernização de unidades da Fundação Oswaldo Cruz, responsável pela produção de vacinas e medicamentos.

A emenda é de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que é da base. E, apesar do valor empenhado, não teve nenhum centavo pago até o momento.

 

Fonte: G1

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