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| Foto: Reprodução |
A aproximação do
ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (União) com lideranças bolsonaristas
no Ceará, inclusive com encontro
entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), continua repercutindo
e gerando embates entre aliados do governador Elmano de Freitas (PT) e a
oposição.
Agora, foi a vez do secretário da Casa Civil, Chagas
Vieira, e do presidente do PL Ceará, deputado estadual Carmelo Neto (PL),
protagonizarem troca de farpas sobre as recentes movimentações do lado
oposicionista.
O embate começou com Chagas Vieira, que republicou
notícia do PontoPoder em que Carmelo Neto fala sobre o encontro entre
Roberto Cláudio e Bolsonaro, realizado na última quinta-feira (29). A
reportagem repercute fala do deputado em que ele disse que a reunião
deixou "gostinho
de quero mais".
Na legenda, Chagas Vieira escreveu:
"Democraticamente deixo a legenda dessa imagem com vocês. Escreva
aí…". A publicação foi feita no início da noite desta quarta-feira (4) e é
ilustrada com foto de Roberto Cláudio ao lado de Carmelo Neto e do ex-deputado
federal Capitão Wagner, presidente estadual do União Brasil.
Troca de farpas
A publicação não ficou muito tempo sem resposta. No X,
Carmelo Neto respondeu. "Bastou a gente falar em namoro que o secretário
puxa saco do Elmano se apaixonou. Gente, a eleição é só no ano que vem, mas até
o Chagas se apaixonou pelo projeto de libertar o Ceará do PT", escreveu.
"Deixa eu usar outra metáfora pra ser claro: e se
o Elmano souber que o Chagas não é o único que dorme com ele e não para de
pensar em nós? Tanta gente pra vir, que precisaríamos de mais vagas na
chapa", alfinetou Carmelo Neto.
Chagas Vieira rebateu, chamando Carmelo de "lambe
botas do Bolsonaro". "Dep Carmelo, lambe-botas do Bolsonaro, anda
preocupado demais comigo e com o Governo. Me atacou de novo", disse em
publicação nas redes sociais.
"Nossa resposta: lançamos mais 17 escolas de
tempo integral amanhã. Já são 513 escolas. Bem que ele poderia voltar para a
sala de aula, já que de educação ele não entende nada", completou.
O embate teve continuidade, dessa vez nos stories de
Carmelo Neto, no Instagram. Em vídeo, o deputado estadual diz que Chagas
"tentou lacrar e falar pra eu voltar pra escola, só que ele próprio errou
a conjugação do verbo que ele usou". Carmelo fez referência ao trecho
"lançamos amanhã" da publicação do chefe da Casa Civil.
"E aí, Chagas, será que sou eu que preciso voltar
para a escola? (...) O mais cômico é que ele passa o dia inteiro, esse
secretário, falando da oposição. Falou de manhã, falou agora no final da tarde,
parece um desocupado, que não tem o que fazer. Aí ele fala o que quer e não
quer escutar", disse.
O deputado fez referência a outra publicação, também
feita por Chagas, na manhã desta quarta-feira. Nela, sem citar nomes, o
secretário da Casa Civil diz que "é bom estar do lado certo da
história".
"O lado de quem lutou para salvar vidas na
pandemia, e não de quem lutou contra a ciência. O lado de quem combate o crime,
e não de quem organiza motins. O lado de quem valoriza livros e não de quem
idolatra armas. Sou o oposto desses aí", disse Chagas.
Movimentações da Oposição
Na última semana, a oposição ao Governo Elmano de
Freitas contou com movimentações para construção de um "palanque
único" para enfrentar a candidatura à reeleição do governador
Elmano de Freitas.
Na terça-feira (3), o ex-prefeito Roberto Cláudio,
ex-aliado do grupo governista, anunciou a filiação ao União Brasil durante café
da manhã da oposição, realizado na Assembleia Legislativa do Ceará
(Alece).
Além dele, participaram do anúncio Capitão Wagner,
responsável pelo convite ao ex-prefeito, e deputados estaduais do União Brasil,
do PDT e do PL, incluindo Carmelo Neto.
Roberto Cláudio anunciou a chegada ao União Brasil
poucos dias depois de deixar o PDT. O anúncio da saída do partido brizolista
aconteceu na última quinta-feira, mesmo dia em que o ex-prefeito encontrou com
o ex-presidente Jair Bolsonaro em Fortaleza.
O encontro representou a primeira vez que Roberto
Cláudio e Bolsonaro estiveram juntos, apesar dos dois terem estado no comando
do Executivo — municipal e federal, respectivamente — ao mesmo tempo, durante
os anos de 2019 e 2020. Na época, o ex-prefeito era crítico da gestão de
Bolsonaro.
Fonte:
Diario do nordeste

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