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Foto: Reprodução |
Apontado em investigações como
suspeito de chefiar um grupo de bandidos da facção criminosa Comando Vermelho
(CV), que usa como base a comunidade Cesar Maia, em Vargem Grande, na Zona
Oeste do Rio, o traficante Rodney Lima de Freitas, o RD, é considerado foragido
e tem em seu nome dois mandados de prisão expedidos pela Justiça. Um automóvel
Tiggo 7 foi encontrado pela polícia abandonado próximo à comunidade, de onde
criminosos costumam partir para executar invasões em territórios rivais. O
carro foi usado para abordar o veículo dirigido pelo policial João Pedro
Marquini, de 38 anos, morto na noite deste domingo, com cinco tiros, na Serra
da Grota Funda.
Na mesma ocasião, outro carro,
este dirigido pela mulher do agente, a juíza Tula Mello, do 3º Tribunal do Júri
da Capital, que vinha logo atrás, também foi atingido por disparos. Como o
veículo é blindado, ela não ficou ferida.
Rodney Lima de Freitas figura
como réu em dois processos de crimes de homicídio que tramitam no Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro. Num despacho que decretou uma das prisões, o juízo
da 2ª Vara Criminal revela que o bandido integra um grupo de ataque do Comando
Vermelho conhecida como "Os crias" ou "Equipe RD". Segundo
informações recebidas pela polícia, o grupo tem o objetivo de participar de
invasões em territórios controlados pela milícia, na Zona Oeste, entre eles
Guaratiba e Santa Cruz.
Ex-integrante da milícia que
age na Favela do Barbante, em Inhoaíba, em Campo Grande, atualmente comandada
por remanescentes de Luís Antonio da Silva Braga, o Zinho, que se entregou à
Polícia Federal, em dezembro de 2023, RD trocou de lado e passou a integrar o
tráfico. Ele é suspeito de envolvimento na morte de um homem, em 2024,
executado no Barbante. Segundo dados da investigação, Rodney e outros três
acusados, armados de fuzis e pistolas, renderam um casal. A mulher foi obrigada
a correr, enquanto a outra vítima foi colocada num porta-malas de um carro e
executada.
Em outro caso, RD e outro
comparsa são apontados como responsáveis pela execução de um miliciano na
Favela do Barbante, no dia 22 de fevereiro de 2024. A dupla chegou ao local em
uma motocicleta, usando uniformes da Cedae. Em seguida, os dois dispararam dez
tiros contra duas vítimas. Uma delas sobreviveu e outra morreu no local.
João Pedro Marquini e a juíza
Tula Mello dirigiam dois carros na Serra da Grota Funda, na noite de domingo,
quando bandidos atravessaram um Tiggo 7 na pista da estrada. Lotado na
Coordenadoria de Recursos Especiais, Marquini desceu do carro e foi executado
com cinco tiros. A magistrada, que seguia um pouco mais atrás, num Outlander
preto, que é blindado, percebeu a situação e engatou marcha a ré. Apesar disso,
ao menos quatro disparos atingiram a lataria do veículo. Ela, no entanto, não
ficou ferida. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Fonte : Extra
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