Eu quero, neste momento histórico do nosso país, cumprimentar a minha companheira Janja [Lula da Silva, primeira-dama do Brasil] e, cumprimentando ela, eu quero cumprimentar todas as mulheres aqui presentes. Também eu preciso cumprimentar uma pessoa que hoje é aniversariante, a nossa ministra dos Direitos Humanos, a companheira Macaé [Evaristo]. Quero cumprimentar o meu companheiro de governo, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, companheiro Geraldo Alckmin. Quero cumprimentar os companheiros ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) e, cumprimentando eles, eu estarei cumprimentando todos os ministros e ministras aqui presentes. Quero cumprimentar os meus líderes no Congresso, no Senado e na Câmara, o companheiros Jaques Wagner, no Senado, o Randolfe [Rodrigues] no Congresso Nacional e o [José Nobre] Guimarães na Câmara dos Deputados. Quero cumprimentar os dois governadores presentes aqui, o Carlos Brandão e o João Azevedo. Carlos Brandão, do Maranhão, e João Azevêdo, da Paraíba. Quero cumprimentar a Mailza Assis, vice-governadora do estado do Acre. Quero cumprimentar os comandantes das Forças Armadas aqui presentes e quero cumprimentar o povo brasileiro que aceitou o nosso chamamento para participar desse evento.
Minhas amigas e meus amigos,
Ao longo deste evento, apresentamos um breve balanço daquilo que fomos capazes de realizar em apenas dois anos.
A começar pela reconstrução de um país deixado em ruínas pelo governo anterior.
O Brasil é um país que volta a sonhar e ter esperança.
Um Brasil que dá a volta por cima e deixa de ser o eterno país do futuro, para construir hoje o seu futuro.
Com mais desenvolvimento e mais inclusão social, mais tecnologia e mais humanismo.
Um país menos desigual e mais justo.
Que investe em saúde, educação e demais serviços públicos de qualidade.
Que não tolera ameaças à democracia.
Que não abre mão da sua soberania.
Que não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde-amarela.
Que fala de igual para igual e respeita todos os países, do mais pobre ao mais rico, mas que exige reciprocidade no tratamento.
Defendemos o multilateralismo e o livre comércio, e responderemos a qualquer tentativa de impor um protecionismo que não cabe mais hoje no mundo.
Diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e os nossos trabalhadores brasileiros.
Tendo como referência a Lei da Reciprocidade Econômica aprovada ontem pelo Congresso Nacional e as diretrizes da Organização Mundial do Comércio.
Minhas amigas e meus amigos,
Quando cheguei pela terceira vez à Presidência, a sensação que tive foi a de uma pessoa que volta para casa depois de muito tempo, e em vez da casa só encontra as ruínas.
Foi a mesma sensação de um trabalhador rural que volta ao campo para plantar, e só encontra a terra arrasada.
O Brasil era uma casa em ruínas. Uma terra arrasada.
Em apenas dois anos de muito trabalho, nós arrumamos a casa. Refizemos os alicerces, erguemos de novo as paredes.
Aramos a terra, semeamos, regamos com carinho e estamos colhendo os resultados.
O Brasil está de novo entre as dez maiores economias do mundo.
Mais de 24 milhões de pessoas ficaram livres da fome. É o equivalente a um estádio de futebol lotado saindo do mapa da fome [por dia]. Um estádio com jogo do Corinthians, é bom dizer.
O desemprego é o menor dos últimos 12 anos. A pobreza e a extrema pobreza caíram aos menores níveis da história.
Isentamos do imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos.
Enviamos ao Congresso Nacional projeto de lei isentando do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil.
O Novo PAC é o maior programa de infraestrutura que o país já viu, com mais de 20 mil obras em andamento – de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, e maternidades, escolas, creches e centros esportivos.
Com a Nova Indústria Brasil, a produção industrial voltou a crescer depois de anos de estagnação, gerando milhares de empregos.
O investimento em inovação na indústria é o maior dos últimos 30 anos.
Aprovamos também, com apoio do Congresso, a Reforma Tributária. Uma reforma mais justa, aguardada há mais de 40 anos.
Isso é investir no futuro.
De vez em quando vocês batam palma para eu poder tomar água. Senão, eu fico sem jeito de tomar água aqui.
Bem, novos anúncios estão chegando. O Minha Casa, Minha Vida passará a beneficiar também a classe média.
Com a atualização do programa Celular Seguro, o governo vai aumentar a proteção dos cidadãos contra os roubos de aparelhos, e fortalecer o enfrentamento ao crime organizado.
Vem aí a TV 3.0, sistema que vai fazer o casamento definitivo da TV aberta com a internet.
Com isso, a população brasileira terá acesso à televisão de última geração, com imagens e som de altíssima definição.
Isso significa mais informação e mais qualidade para a população brasileira.
Mas ainda há muito a ser feito. Precisamos da união de todos para derrotar o ódio, a desinformação e a mentira.
Sabemos dos enormes desafios que temos pela frente. Mas sabemos também da extraordinária força de vontade e da capacidade de trabalho do povo brasileiro.
Minhas queridas amigas e meus queridos amigos,
O Brasil está no rumo certo. Gerando renda e oportunidade para quem quer melhorar de vida. Cuidando de todas as pessoas, sobretudo das pessoas que mais precisam.
Este é o Brasil que estamos construindo. O Brasil dos brasileiros. O Brasil do futuro.
Muito obrigado.
Eu quero terminar agradecendo aos ministros e ministras que foram responsáveis pelo que nós alcançamos até agora.
Quero agradecer aos deputados e senadores que tanto no Senado como na Câmara são responsáveis por apoiar possivelmente a maior quantidade de projetos já aprovados por um governo em apenas dois anos.
O Brasil já teve presidentes com ampla maioria no Congresso Nacional que não conseguiram aprovar a quantidade de coisas que nós conseguimos aprovar.
Por isso, meu muito obrigado a deputados, muito obrigado a senadores e muito obrigado à sociedade brasileira por acreditar que este Brasil será definitivamente uma nação rica, uma nação próspera, e uma nação em que homens, mulheres e crianças conquistarão definitivamente o direito de andar de cabeça erguida para que a gente possa voltar a sorrir nesse país.
Muito obrigado, companheiros e companheiras.
Esse é um resumo dos
anúncios realizados durante o evento O Brasil Dando a Volta por Cima, nesta
quinta-feira, 3 de abril, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em
Brasília (DF). O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, além de ministros de Estado, parlamentares, autoridades e representantes
da sociedade civil e também traçou um balanço das principais entregas do
Governo Federal nos dois primeiros anos da atual gestão.
"O Brasil é um país
que volta a sonhar e ter esperança. Um Brasil que dá a volta por cima e deixa
de ser o eterno país do futuro, para construir hoje o seu futuro. Com mais
desenvolvimento e mais inclusão social, mais tecnologia e mais humanismo. Que
investe em saúde, educação e demais serviços públicos de qualidade. Que não
tolera ameaças à democracia. Que não abre mão de sua soberania”, afirmou o
presidente Lula em seu discurso.
MINHA CASA, MINHA VIDA -
O programa habitacional do Governo Federal, que já registrou mais de 1,2 milhão
de contratos nos dois primeiros anos de gestão, foi ampliado para atender
famílias com renda de até R$ 12 mil (anteriormente o teto era R$ 8 mil). A nova
linha do MCMV Classe Média prevê a possibilidade de financiamentos de até 420
meses, taxa de juros de 10,50% a.a., abaixo das de mercado, para aquisição de
imóveis de até R$ 500 mil. A expectativa é que cerca de 120 mil famílias sejam
beneficiadas ainda em 2025. Para garantir a nova linha, o presidente Lula
assinou um decreto que regulamenta o Fundo Social, assegurando repasse de
recursos do Pré-Sal para o programa habitacional. Na lei orçamentária aprovada
pelo Congresso Nacional estão previstos R$ 18 bilhões para essa finalidade.
ANTECIPAÇÃO DO 13º DO
INSS - Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão receber a primeira parcela da
antecipação do 13º junto com o pagamento do mês em abril. O cronograma leva em
conta o número final do cartão de benefício. O crédito da primeira parcela será
de 24 de abril a 8 de maio. Recebem primeiro os beneficiários que ganham até um
salário-mínimo. Já a segunda parcela será de 26 de maio a 6 de junho. Um
decreto assinado pelo presidente Lula durante o evento oficializou a medida. A
conferência dos valores pode ser feita pelo site, aplicativo Meu INSS ou pela
Central Telefônica 135.
TV.3.0 - Foi anunciada
também a implantação da TV 3.0, que estabelece diretrizes para a transição do
sistema de transmissão digital de última geração, com imagem de ultra alta
definição e som imersivo. Medida representa a evolução da TV digital que combina
TV aberta com internet. “Isso significa mais informação e mais qualidade para
os brasileiros”, afirmou Lula.
‘O BRASIL É DOS
BRASILEIROS’ - A solenidade marcou ainda o lançamento da campanha publicitária
“O Brasil é dos Brasileiros”. Nos filmes, personagens relatam melhorias em seus
cotidianos a partir de programas implementados pelo Governo Federal. Entre eles,
o Pé-de-Meia, que garante a permanência de 4 milhões de estudantes de ensino
médio nos estudos. O Farmácia Popular, que passou a ter os 41 itens oferecidos
gratuitamente. A retomada de investimentos em infraestrutura, que já garantiu
que 75% das estradas federais estejam em boas condições e a importância do
Bolsa Família e dos programas de segurança alimentar e nutrição na retirada de
20 milhões de brasileiros do Mapa da Fome.
A campanha engloba filmes
de 60, 30 e 15 segundos, que serão veiculados em emissoras de TV, rádios e
meios digitais, durante 10 dias. A segunda fase tem início em 13 de abril, e
terá duração de 10 a 15 dias. Neste segundo momento serão destacadas entregas
com números significativos em temas como saúde, educação, geração de empregos e
infraestrutura. No terceiro momento, a perspectiva dos resultados será
regionalizada.
Álbum de fotos: Link
BALANÇO - Ao longo de
2023 e 2024, o Governo se dedicou à reconstrução de políticas que, além de
recuperar a economia, alcançaram resultados na segurança alimentar, redução da
pobreza, acesso ao trabalho e áreas como educação, saúde, infraestrutura e relações
exteriores.
» Confira a publicação
Confira alguns dos
destaques e a previsão para o próximo período:
TOP 10 DAS ECONOMIAS — O
Brasil voltou ao top 10 das economias do mundo. Nos últimos dois anos, cresceu
duas vezes mais que a média registrada entre 2019 e 2022. O PIB foi de 3,2% em
2023 e de 3,4% em 2024, entre os dez maiores do mundo. Vem aí: Manutenção do
crescimento da economia em 2025 e do regime fiscal voltado ao equilíbrio
orçamentário.
PERTO DO PLENO EMPREGO E
SALÁRIO EM ALTA - O Brasil registrou em 2024 a menor taxa de desemprego dos
últimos 12 anos, de 6,6%, situação de quase pleno emprego. Em 2021, o indicador
havia chegado a 14,9% — maior da série histórica. Desde 2023, mais de 3,2
milhões de empregos formais foram gerados. Vem aí: a manutenção de políticas
para garantir que o salário mínimo siga com crescimento acima da inflação.
340 MERCADOS ABERTOS - O
país voltou ao protagonismo internacional. O presidente manteve reuniões com
líderes de 67 países. Mais de 340 mercados foram abertos ao agronegócio e a
inserção comercial brasileira foi ampliada, em acordos com China, União Europeia
e Oriente Médio.
Vem aí: Em 2025, o país
sedia a Cúpula do BRICS, a COP30 em Belém (PA) e assume a presidência do
Mercosul.
COMBATE À FOME, A
PRIORIDADE — O Brasil retomou múltiplas políticas para nutrição e combate à
fome e tornou-se uma das nações que mais reduziram a insegurança alimentar no
período. Uma média de 60 mil pessoas por dia (suficiente para encher um estádio
de futebol) passou a ter direito a três refeições diárias.
Vem aí: manutenção e
fortalecimento de ações para que o Brasil saia do Mapa da Fome até 2026.
MAIS MÉDICOS DOBRA — Para
ampliar o acesso ao atendimento em saúde, o Mais Médicos dobrou. São mais de 26
mil profissionais atuando, após o programa ter sido reduzido a 13 mil. Hoje,
eles chegam a 4,5 mil municípios e cobrem uma região com 64 milhões de brasileiros.
Vem aí: Mais 2,2 mil
médicos estão em fase de contratação pelo programa.
SAMU MODERNIZADO - A
entrega de ambulâncias do SAMU aumentou cinco vezes. Entre 2019 e 2022, 366
foram distribuídas. Nos últimos dois anos, o número subiu para 2.067.
Vem aí: A previsão é
alcançar 100% das cidades com o serviço até 2026, com mais 2.339 ambulâncias.
UM PAÍS QUE VACINA – Após
superar período de negacionismo, o Brasil saiu da lista de países com mais
crianças não vacinadas no mundo, segundo o Unicef. A cobertura vacinal aumentou
consideravelmente para 15 das 16 vacinas infantis.
Vem aí: ampliar o acesso
à vacinação nas unidades de saúde e no Saúde na Escola: proteção mais perto de
crianças e adolescentes.
TEMPO INTEGRAL – Mais
tempo na escola, atividades esportivas, culturais e científicas, além de
tranquilidade para os pais trabalharem. É essa a perspectiva do ensino
integral, que já chegou a mais de um milhão de estudantes, o equivalente a 33
mil salas de aula.
Vem aí: Para os próximos
anos, o Governo trabalha para incluir mais dois milhões no ensino integral.
ENSINO SUPERIOR
VALORIZADO - O Governo Federal anunciou 10 novos campi de universidades, 400
obras em universidades e hospitais universitários pelo Novo PAC e 102 novos
Institutos Federais. As bolsas de estudo foram reajustadas depois de 10 anos.
Vem aí: Bolsas para
estudantes indígenas e quilombolas se manterem na graduação.
INDÚSTRIA RENASCE —
Criado para fomentar o desenvolvimento produtivo, o programa Nova Indústria
Brasil estimula o setor. A indústria cresceu 3,3% em 2024 e foi um dos
destaques para puxar o PIB de 3,4% do Brasil. O setor sozinho gerou quase 200
mil empregos formais no ano.
Vem aí: investimentos de
R$ 3 bilhões na próxima fase do programa Depreciação Acelerada (2025-2026) para
aumentar a produtividade. Novos núcleos tecnológicos integrados a universidades
e empresas.
1,8 TRILHÃO NO NOVO PAC —
Desenvolvido pelo Governo Federal a partir de prioridades de estados e
municípios, o Novo PAC envolve mais de 20 mil obras e ações.
Vem aí: Até 2026, os
investimentos públicos e privados em infraestrutura, saúde e educação em todos
os estados chegarão a R$ 1,32 trilhão dos R$ 1,8 trilhão previstos no programa.
RECORDE NO AGRO — O
Brasil tem o maior volume de investimentos da história do agronegócio: R$ 765
bilhões de crédito para a produção agropecuária pelo Plano Safra.
Vem aí: Expansão do
crédito agrícola e incentivos para propriedades com práticas sustentáveis.
MAIOR CONCURSO PÚBLICO DA
HISTÓRIA - Inovador, o Concurso Público Nacional Unificado atraiu mais de 2
milhões de candidatos para 6.640 vagas.
Vem aí: O formato
inclusivo, com provas em todas as Unidades Federativas, será novamente adotado
em 2025.
10 MILHÕES JÁ ISENTOS DO
IR — O Governo já isentou do Imposto de Renda 10 milhões de pessoas com renda
de até dois salários mínimos.
Vem aí: já foi enviado ao
Congresso o projeto para tirar outros 10 milhões de brasileiros que ganham até
R$ 5 mil do IR a partir de 2026.
RECORDE DE ESTRANGEIROS –
O Brasil teve recorde de 6,7 milhões de turistas estrangeiros em 2024. O número
é maior do que o registrado em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Jogos Olímpicos).
Vem aí: O Programa de
Mobilidade e Conectividade Turística vai promover melhorias no trânsito dos
turistas pelo país e o Programa de Aceleração do Turismo Internacional vai
incentivar empresas aéreas a ampliar voos e assentos para o Brasil.
DESMATAMENTO EM QUEDA – A
Amazônia atingiu a menor taxa de desmatamento da década em 2024, com a maior
redução em 10 anos: 46% de queda em relação a 2022. No Cerrado, a redução de
25,7% em 2024 foi a primeira em cinco anos.
Vem aí: Avançar com ações
de combate ao desmatamento e restauração ambiental, reforçando o compromisso de
alcançar o desmatamento zero até 2030. A estratégia inclui proteção dos biomas,
recuperação de áreas degradadas e práticas sustentáveis.
CULTURA RENASCE - Nunca
se investiu tanto em Cultura no Brasil. Só a Lei Paulo Gustavo e a Política
Nacional Aldir Blanc (PNAB) garantiram R$ 6,86 bilhões para o setor. Na Lei
Rouanet, houve a nacionalização dos investimentos, com novas linhas especiais alcançando
territórios e comunidades que, historicamente, não eram beneficiados. Só em
2024, foram R$ 3 bilhões de recursos, mais de 14 mil projetos aprovados e mais
de 5,6 mil empresas patrocinadoras.
Vem aí: Repasse anual de
até R$ 3 bilhões para os estados e municípios que aderirem à PNAB e executarem,
no mínimo, 60% da parcela anterior. Na Lei Rouanet, o lançamento de mais linhas
especiais, como a Rouanet Territórios Criativos.
Fonte: Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República
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