Foto: Reprodução |
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) recebeu alta hospitalar, neste domingo (15), após passar por uma
cirurgia delicada para tratar um sangramento na cabeça.
Em entrevista coletiva, o
médico Roberto Kalil, cardiologista e um dos responsáveis pelo tratamento do
presidente, afirmou que o presidente apresentou uma recuperação acima do
esperado, o que permitiu sua liberação.
"Devido ao quadro e à
recuperação do nosso paciente, que foi extremamente acima do esperado, o
presidente está de alta hospitalar e deve voltar para casa", disse a
infectologista Ana Helena Germoglio.
O médico disse ainda que a
situação do presidente era grave antes do procedimento.
Lula continuará sendo
monitorado em sua residência em São Paulo, com uma tomografia programada para a
próxima quinta-feira (19).
"Se estiver tudo bem, ele
está autorizado a voltar para Brasília, onde poderá retomar suas atividades
normais, com algumas restrições, como evitar exercícios físicos intensos",
explicou Kalil.
Cirurgia de emergência
A Fantástico, o presidente Lula
relatou que o acidente ocorreu enquanto cortava as unhas no banheiro de
sua casa. Ele caiu de costas e bateu a cabeça na hidromassagem, o que resultou
em um sangramento significativo.
No hospital, Lula passou por
várias tomografias e ressonâncias magnéticas, que confirmaram a gravidade da
batida.
"Os médicos disseram que
foi grave, mas que eu ia ficar bom se me cuidasse", disse o presidente.
Lula foi transferido para São
Paulo para realizar a cirurgia, pois os médicos acreditavam que lá ele teria
melhores condições de atendimento.
"Os médicos acharam que
aqui tinham mais condições, e eu não vou discutir com os médicos", afirmou
Lula.
Na cirurgia, os médicos
retiraram o sangue que se acumulou dentro de uma cápsula de três centímetros,
entre o osso e uma das membranas que formam as meninges, chamada dura-máter. Os
cirurgiões colocaram um dreno para remover o líquido acumulado na cápsula.
Na quinta-feira (12), outro
procedimento foi realizado, desta vez para reduzir as chances de um novo sangramento.
Um catéter longo e fino
foi introduzido pela artéria femoral, na perna, e chegou até a entrada da
artéria da meninge, que foi obstruída por um material cirúrgico inserido por
dentro do catéter, como se fosse uma gelatina, que entope esse vaso.
Lula está otimista com sua
recuperação, mas reconhece a necessidade de seguir as recomendações médicas
rigorosamente.
"Eu tenho muita
responsabilidade e disciplina, vou me cuidar", afirmou. Ele também
destacou o apoio da primeira-dama, Janja, durante todo o processo.
O presidente deve permanecer
em São Paulo até a próxima tomografia e, se tudo estiver bem, retornará a
Brasília para continuar seu trabalho. "Vou ficar me cuidando, mas também
vou trabalhar normalmente", disse Lula.
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