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Uma ação popular ajuizada na
14ª Vara Federal do Distrito Federal pede a suspensão da primeira edição
do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) e a reaplicação das
provas aos candidatos que disputaram as 900 vagas autorizadas para auditor
fiscal do trabalho. Dependendo do que a justiça decidir, a divulgação dos
resultados e finalização do certame pode atrasar ainda mais.
Um dos argumentos que
sustentam o pedido é que as provas do que ficou conhecido como “Enem dos
Concursos” foram preparadas com ajuda de inteligência artificial, o que
pode ter comprometido o desempenho de alguns candidatos. “As reconhecidas
Inteligências Artificiais, como o modelo ‘ChatGPT’, demonstram a capacidade de
elaborar textos sofisticados, mas frequentemente fabricam fontes e apresentam
dados cuja confiabilidade é questionável, conforme alertam seus próprios
desenvolvedores”, diz um trecho da ação assinada pelo advogado João Gabriel
Brito Silva, que representa candidatos que se sentiram lesados.
Em sua estreia, o CNU ofereceu
mais de 6 mil vagas, distribuídas por 21 órgãos da administração federal. Mais
de dois milhões de candidatos se inscreveram, o que fez do “Enem dos Concursos”
o maior processo de seleção da história. As provas aconteceram em agosto
deste ano, mas deveriam ter sido aplicadas antes. A data inicial era maio, mas
o governo foi obrigado a alterar o cronograma em função da tragédia provocada
pelas inundações no Rio Grande do Sul.
Mais atrasos no cronograma
Na semana passada, o
Ministério da Gestão e Inovação (MGI), responsável pelo concurso, informou que
a divulgação dos resultados das provas vai atrasar . Inicialmente, ela estava
prevista para acontecer no dia 21 de novembro, mas acabou adiada. Em nota, a
pasta não informou o motivo da decisão, mas isso aconteceu depois que surgiram
questionamentos. Recentemente, por força de uma determinação judicial, o
ministério foi obrigado a reclassificar candidatos que haviam preenchido o
cartão de resposta de forma incompleta.
Fonte: Veja.Abril
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