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| Foto: Reprodução |
No
inquérito que levou à prisão os militares “Kids Pretos” que tentaram aplicar
golpe de Estado e assassinar o presidente Lula, nesta terça-feira (19), a
Polícia Federal afirmou que a ação foi apenas uma das praticadas pela “possível
organização criminosa” que integrava o ex-presidente Jair Bolsonaro e que
incluiu as demais práticas criminosas do ex-mandatário.
Na
peça, os policiais também confirmaram que Jair Bolsonaro elaborou o decreto de
golpe de Estado, que permitiria a prisão do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Alexandre de Moraes:
Em
outro trecho, a PF também destacou o peso de Jair Bolsonaro dentro da
organização criminosa, ao afirmar que, quando “o então presidente da República
JAIR BOLSONARO deixou o país”, um grupo de WhatsApp formado por militares e
outros aliados de Bolsonaro havia sido desfeito.
Os
investigadores deixam claro que a ordem de prisão do ministro Alexandre de
Moraes, que estava sendo monitorado pelos militares “Kids Pretos” com essa
finalidade, seria cumprida “pelo então presidente da República JAIR BOLSONARO”.
Bolsonaro
se encontrou e recebeu plano de assassinato de Lula e Moraes
A PF
também identificou que Jair Bolsonaro se encontrou com os militares que
planejavam aplicar o golpe e assassinar Lula e Alckmin e o ministro Alexandre
de Moraes, no dia 6 de dezembro de 2022:
Bolsonaro
se encontrou e recebeu plano de assassinato de Lula e Moraes
A PF
também identificou que Jair Bolsonaro se encontrou com os militares que
planejavam aplicar o golpe e assassinar Lula e Alckmin e o ministro Alexandre
de Moraes, no dia 6 de dezembro de 2022:
Em
mensagens trocadas com ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o
militar, general Mauro Fernandes, admitiu que “conversou pessoalmente com Jair
Bolsonaro”, no dia 8 de dezembro de 2022, mostrando preocupação de perder o
controle das manifestações nas ruas e que o golpe poderia “restar frustrado”:
Em
resposta àquela mensagem, Mauro Cid disse que Jair Bolsonaro estava “esperando
para ver os apoios que tem” para “a consumação do Golpe”, e que teria que
ocorrer “antes do dia 12” de dezembro:
O
general Mario Fernandes respondeu, então, a Mauro Cid que “durante a conversa
que eu tive com o presidente [Jair Bolsonaro], ele citou que o dia 12 [para
concretizar o golpe], pela diplomação do va*****do“, e que a partir do dia
20 de dezembro ocorreria a passagem de comando das Forças Armadas:
No dia
seguinte à conversa do general Mauro Fernandes com Jair Bolsonaro e,
posteriormente, narrada à Mauro Cid, em 9 de dezembro, o general enviou outro
áudio ao ajudante de Ordens do ex-mandatário comemorando que “Jair Bolsonaro
aceitou o ‘nosso assessoramento'”, referindo-se ao plano de golpe.
Na
mesma data, os investigadores comprovaram, em diligências realizadas, que o
plano de golpe e de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o
ministro Alexandre de Moraes, intitulado “Punhal Verde Amarelo”, foi impresso
pelo general Mário Fernandes no Palácio do Planalto e entregue ao então
presidente Bolsonaro no Palácio do Alvorada.
Fonte:
ggn

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