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| Foto: Reprodução |
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira, 18, que o Ministério da Educação vai lançar um pacote de
benefícios para valorização de professores. Entre eles, uma espécie de Mais
Médicos para incentivar que os docentes atuem em escolas de áreas onde há
déficit de profissionais. Também prevê um programa de transferência de renda
para estimular que alunos ingressem em cursos de licenciatura.
“Hoje temos uma deficiência
grande em professores nas áreas de Física, Matemática, Química e Biologia.
Vamos destinar uma bolsa a mais para o professor que queira ir para determinada
região com menos professores. Nos dois primeiros anos, o MEC apoia isso”, disse
o ministro durante o evento Reconstrução da Educação, realizado
pelo Estadão no Museu do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Também
é possível acompanhar a transmissão pelo YouTube.
O Mais Médicos é um programa
federal que, desde 2013, leva profissionais de saúde para regiões de difícil
acesso e alta vulnerabilidade, onde há escassez dessa mão de obra. No início,
grande parte dos médicos participantes eram cubanos, mas hoje já não há mais
essa predominância e profissionais brasileiros são a maioria.
“Olhar para valorização não é
só remuneração. O professor é uma das mais importantes profissões no País,
todos passamos por eles. Por isso, é preciso criar uma cultura para a sociedade
reconhecer o papel professor”, afirmou Santana.
Pé-de-Meia
Segundo o ministro, o
estudante que fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano e quiser ingressar em curso de licenciatura
no próximo ano vai receber uma bolsa e uma poupança do governo federal, nos
moldes do programa Pé-de-Meia. Será necessário ter nota máxima de 650 pontos.
O Pé-de-Meia é um programa de
incentivo financeiro-educacional voltado a estudantes matriculados no ensino
médio público beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal (CadÚnico). O programa funciona como uma poupança para promover a
permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino. Ao
comprovar matrícula e frequência, o estudante recebe o pagamento mensal de R$
200.
Santana também mencionou que o
governo federal pretende incentivar a sociedade civil e empresas privadas como
um todo para criar um pacto para valorização dos professores, firmando
políticas de desconto em hotéis e livrarias, por exemplo. O pacote ainda prevê
ações de valorização dos professores que já estão em atuação, como programas
que facilitam a condição de acesso a livros e computadores.
A política também vai incluir
uma avaliação nacional unificada, a partir da prova do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade), para melhorar a qualidade da seleção dos
profissionais que ingressam nas redes locais de ensino.
A adesão a esse “Enem dos
professores” será facultativo para Estados e municípios, que também poderão
manter seus processos seletivos próprios.
Reconstrução da Educação
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Fonte: O Estadão

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