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Um advogado conecta a Operação Faroeste, investigação sobre venda de sentenças
judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) com outra operação do mesmo tipo no estado do Mato Grosso. Vanderlei
Chilante, que foi delator na operação baiana, era o representante da família de
Aníbal Manoel Laurindo em disputa de terras desde, pelo menos, 2003.
Segundo a Folha de São Paulo,
Aníbal é suspeito de ser o mandante do assassinato do advogado Roberto
Zampieri, morto dentro do carro, com dez tiros, em frente ao seu escritório em
Cuiabá. Zampieri havia feito delação premiada.
A polícia encontrou no celular
da vítima mensagens suspeitas de pagamentos de propinas a um desembargador do
Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), além de relações com um lobista que
negociava decisões com gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O
lobista é alvo de outro inquérito que causou o afastamento de magistrados de
Mato Grosso do Sul.
Aníbal foi indiciado a partir
de telefonemas e de um depósito a um dos executores do crime. Segundo ele, o
pagamento teria sido feito para participar de uma reunião com parlamentares
bolsonaristas em Brasília.
Além disso, ele disputava
terras com um cliente de Zampieri na região de Paranatinga (MT) e suspeitava da
relação do advogado com o desembargador Sebastião de Moraes Filho, relator de
processos no TJ-MT e que mais tarde foi afastado do Tribunal pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). O estopim do assassinato foi uma decisão
contrária do desembargador.
Chilante não é suspeito nos
casos de Mato Grosso, no entanto, na Bahia foi denunciado em 2021 pelo
Ministério Público do estado com suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção.
Segundo a denúncia, teria sido negociado o pagamento de R$ 1 milhão a um juiz
baiano para que ele se declarasse suspeito e não decidisse de forma
desfavorável em processos envolvendo uma empresa agropecuária.
Vanderlei Chilante não se
pronunciou à reportagem da Folha. O advogado de Aníbal disse que o processo
está sob sigilo e não quis comentar.
Fonte: Bnews
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