![]() |
Foto: Reprodução |
A Operação
18 minutos, deflagrada nesta quarta (14) pela Polícia Federal, atinge
quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão que,
segundo a apuração, são suspeitos de fraudar decisões judiciais para desviar
recursos, por exemplo, do Banco do Nordeste (veja
os nomes mais abaixo).
Segundo
membros da PF, as investigações apontaram as seguintes
fraudes processuais no caso do banco:
manipulação
na distribuição da relatoria dos processos;
correções
monetárias feitas sem justificativa;
aceleração
"seletiva" dos processos;
expedição
de "alvarás milionários".
Essas
medidas levaram a movimentações atípicas tanto nos processos
judiciais quanto nas contas bancárias dos investigados, o que chamou a atenção
dos órgãos de fiscalização.
em uma das decisões judiciais do TJ do Maranhão
citada na investigação, os alvos teriam agido para desviar R$ 14 milhões.
Ainda
segundo os investigadores, o suposto grupo criminoso teria aliciado um
ex-advogado do próprio Banco do Nordeste para entrar com ações judiciais contra
a instituição, requerendo o pagamento de milhões de reais em honorários
advocatícios.
O
nome da operação se deu pelo tempo que levou para a decisão, expedição do
alvará e saque de recursos desviados.
A
ofensiva, deflagrada por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), envolve
desde o bloqueio de bens até o afastamento de autoridades de cargos públicos, e
atinge advogados e ex-juízes suspeitos de participar do esquema.
Alvos
da operação
A
PF apontou a existência de uma organização criminosa, dividida em três núcleos,
mesclando ex-servidores do Banco, advogados e magistrados. Segundo o blog apurou,
estão entre os alvos da operação:
Desembargadora
Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa (cunhada do ex-presidente José Sarney)
Desembargador
Marcelino Everton Chaves
Desembargador
Luiz Gonzaga Almeida Filho
Desembargador
Antônio Pacheco Guerreiro Júnior
Juíza
Alice de Sousa Rocha
Juiz
Cristiano Simas de Sousa
Ex-Juiz
Sidney Cardoso Ramos, entre outros.
O g1 procurou
o Tribunal de Justiça do Maranhão para entender a relação dos suspeitos com o
Banco do Nordeste, mas o TJ afirmou não ter detalhes sobre a conexão entre
eles. Em nota, o tribunal informou que colabora com a operação da PF e que
“atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a
realização da operação” (leia a íntegra ao final da reportagem).
Em
nota, o Banco do Nordeste informou que é vítima, e que procurou o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) e o TJ do Maranhão por conta de "reiteradas
decisões arbitrárias contra a instituição" (veja a íntegra abaixo).
O blog tenta
contato com os desembargadores citados.
Nota
do TJ-MA
"O
TJMA colabora com operação da PF determinada pelo STJ. O Tribunal de Justiça do
Maranhão comunica que tem colaborado com a "Operação 18 minutos",
realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (14/08), em algumas unidades do
prédio-sede do TJMA e do Fórum de São Luís.
Fonte: G1
Postar um comentário