Foto: Reprodução |
Numa
noite chuvosa no interior de Mato Grosso do Sul, uma equipe do Instituto de
Conservação de Animais Silvestres – ICAS abre uma volumosa caixa de madeira. De
lá, sai Hanna, uma tamanduá-bandeira que acaba de passar por uma série de
exames cardíacos e retorna à natureza sob a benção das chuvas que regam o
Cerrado. A cena e a história são contadas na bela fotografia de Fernando
Faciole, que foi reconhecida esta semana pela Environmental Photography
Award 2024, premiação internacional de fotografia de natureza organizada
pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco. O clique da tamanduá de volta ao
habitat natural foi duplamente premiado: ganhou o júri popular e ficou em 2º
lugar na categoria “Change Makers: Reasons for Hope” (Agentes da mudança:
motivos para esperança, em tradução livre).
Batizada
de “Rainy Release” (Soltura Chuvosa, em tradução livre), a foto de Fernando
registra os esforços de uma pesquisa inovadora do ICAS voltada para melhorar o
diagnóstico de disfunções cardíacas em tamanduás-bandeira (Myrmecophaga
tridactyla) mantidos sob cuidados humanos. Na fotografia, além de Hanna, estão
o presidente e fundador do ICAS, Arnaud Desbiez, e o médico veterinário e
parceiro da iniciativa, Rafael Ferraz.
Fernando,
o único brasileiro entre os ganhadores, recebeu a premiação nesta terça-feira
(4), em Mônaco. O prêmio, em sua 4ª edição, é voltado para o reconhecimento de
fotógrafos que, com seu trabalho, apoiam a maior conscientização sobre a
proteção do meio ambiente. Dividido em cinco categorias principais, além de
foto do ano, júri popular e escolha de estudantes, a premiação recebeu mais de
11 mil fotos de todo o mundo (veja todos os ganhadores).
Fonte: oeco
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