Irmãos presos durante dois anos e meio por homicídio são absolvidos e soltos no Ceará

 

Foto: Reprodução

Dois irmãos foram absolvidos pelo júri popular de uma acusação de homicídio e foram soltos pela Justiça Estadual, após passarem dois anos e meio presos, no Ceará. A defesa dos irmãos considerou que "a justiça foi feita".

O júri popular formado na 1ª Vara Criminal de Maracanaú decidiu absolver José Guilherme Ferreira Silva e José William da Silva Leão, na última quarta-feira (10). Os jurados reconheceram, por maioria dos votos, a materialidade do crime, mas não reconheceram a autoria delitiva dos réus.

O juiz Antônio Jurandy Porto Rosa Júnior revogou a prisão dos irmãos, depois de 916 dias detidos. O magistrado também ordenou a devolução dos aparelhos celulares, capacete e camisas dos acusados, que foram retidos no dia da prisão.

A defesa de José Guilherme e José William, representada pelos advogados Paulo Pimentel, Gilson Alves e Leonardo Magalhães, sustentou, durante o julgamento, a tese de negativa de autoria. "Desde o início, a defesa negou a autoria, que, agora, a sociedade, através dos jurados, com base na prova dos autos, entendeu em reconhecer a inocência dos acusados. Justiça foi feita", considerou a defesa, em nota.

CRIME E PRISÃO EM FLAGRANTE

Os irmãos José Guilherme Ferreira Silva e José William da Silva Leão foram presos em flagrante, no dia 7 de outubro de 2021, por suspeita de matarem, naquele mesmo dia, um homem identificado como José Vitor Gonzaga Almeida, conhecido como 'Parajana'. O crime aconteceu na Rua Francisco Xavier, no bairro Siqueira II, em Maracanaú.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), José Guilherme e José William utilizaram uma motocicleta para se aproximarem da vítima e a executarem a tiros.

Segundo o MPCE, os irmãos denunciados eram vizinhos de 'Parajana' e tinham uma "rixa" com o irmão dele, que já falecera. "Não ficaram descortinados os motivos da execução, sabe-se que pela dinâmica do fato delitivo, a vítima não teve chance de se defender da empreitada criminosa", concluiu o Ministério Público.

Fonte: Diário do Nordeste

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