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| Foto: Reprodução |
O
policial militar era o último réu pelo homicídio que estava preso e será
monitorado por tornozeleira eletrônica
O ex-policial militar Mayron
Myrray Bezerra Aranha, acusado de participar do assassinato
do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, o 'João do Povo', foi solto
pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com aplicação de tornozeleira
eletrônica. Ele era o último réu pelo crime que estava preso. O homicídio segue
sem julgamento, após quatro anos.
A Terceira Câmara Criminal do
TJCE acatou o pedido de habeas corpus da defesa de Mayron Myrray, no último dia
20 de fevereiro. Os desembargadores da Câmara acompanharam o voto da relatora,
a desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra, e foram contrários ao
posicionamento do Ministério Público do Ceará (MPCE) da manutenção da prisão
preventiva.
O Tribunal aplicou medidas
cautelares a Mayron em substituição à prisão, por 6 meses: comparecimento
mensal ao fórum; recolhimento domiciliar entre 20h e 6h; proibição de se manter
contato com outros réus ou testemunhas do crime; proibição de mudar de endereço
sem comunicar à Justiça; e monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Atendida
pelo TJCE no habeas corpus, a defesa do ex-policial militar, representada pelo
advogado Jean Efferton Ribeiro Amorim dos Santos, ingressou também com um
Recurso em Sentido Estrito no processo do homicídio de 'João do Povo'. "A
defesa acredita na desconstituição da peça acusatória", afirmou, em nota.
Mayron
Myrray Bezerra Aranha foi
demitido da Polícia Militar do Ceará (PMCE) por decisão da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD), em setembro de 2022, em um processo administrativo
motivado por uma acusação de que o ex-PM tentou
matar a companheira, no Município de Barbalha, na Região do Cariri. A
defesa de Mayron garantiu que irá recorrer da decisão.
Além
da tentativa de feminicídio e do homicídio contra o prefeito de Granjeiro,
Mayron responde a ações penais na Justiça do Ceará por participação
no motim dos militares, em fevereiro de 2020; por crimes do Sistema
Nacional de Armas; e por ameaça.
TODOS
OS RÉUS ESTÃO EM LIBERDADE
O
processo criminal sobre o assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório
Neto, o 'João do Povo', não tem mais réus presos. Dos 10
acusados pronunciados (isto é, que devem ser levados a júri popular
por decisão judicial), nove foram soltos e um nunca foi preso. O crime foi
cometido na manhã de 24 de dezembro de 2019, na véspera do Natal, enquanto a
vítima caminhava próximo de casa.
Questionado
pela reportagem sobre a demora do julgamento, o Tribunal de Justiça do Ceará
respondeu que "o referido processo encontra-se atualmente em grau de
recurso. Os 10 réus pronunciados pelo crime apresentaram recursos em sentido
estrito. Por tramitar em segredo de justiça, mais detalhes não podem ser
repassados".
Fonte: Diário do Nordeste

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