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Uma
quadrilha foi presa, na quinta-feira (1412), suspeita de envolvimento na
chacina que matou nove em Recife, em Pernambuco. Agora, nesta sexta-feira
(15/12), sete policiais militares também acabaram afastados por suposta
interferência nas investigações.
O
afastamento foi determinado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Por
meio de nota à imprensa, o MPPE explicou que também requereu medidas cautelares
de prisão, com afastamento das funções, em detrimento das “condutas que tiveram
durante a perpetração dos crimes e pela posição funcional que ocupam”.
O
afastamento ocorreu com base nas investigações criminais, por meio da
Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do Controle Externo da Atividade
Policial (CEAP) e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco).
De
acordo com o portal G1, os policiais envolvidos não seriam os mesmos que foram
detidos na quinta.
Veja a
íntegra da nota do MPPE:
“Em
decorrência do que foi apurado no procedimento de investigação criminal que tem
como objeto os fatos ocorridos nas cidades de Camaragibe e Paudalho, entre os
dias 14 e 15 de setembro de 2023, o Ministério Público de Pernambuco, por meio
da Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do GACE – Controle Externo da
Atividade Policial e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), requereu e teve deferidas judicialmente medidas cautelares
diversas da prisão (afastamento de suas atuais funções públicas – art. 319, VI,
do Código de Processo Penal) em relação a pessoas que, pelas condutas que
tiveram durante a perpetração dos crimes e pela posição funcional que ocupam,
podem influenciar na continuidade da investigação.
Ademais,
o acompanhamento do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil para
elucidar os fatos reforçou a avaliação dos membros do Ministério Público de que
é preciso assegurar condições jurídicas e de fato para que os próximos atos
investigatórios se deem em ambiente isento de quaisquer interferências que
comprometam sua eficácia.
Todas as medidas, além da necessária obediência aos
padrões constitucionais e legais, se deram dentro do espírito colaborativo que
deve nortear as relações institucionais”
Relembre da chacina
Durante um confronto policial em Camaragibe,
Recife, os policiais militares Rodolfo José da Silva, 38 anos, e Eduardo Roque
Barbosa de Santana, 33 anos, morreram, após serem baleados na cabeça. Tudo
ocorreu em 14 de setembro deste ano.
A polícia local realizou uma operação para capturar
o possível autor do crime, identificado como Alex da Silva Barbosa, 33 anos.
Mais um conflito aconteceu e, dessa vez, acabou com a morte do suspeito, o qual
havia disparado contra três agentes.
Depois dessa morte, no dia 15, ocorreu o
assassinato de mais três pessoas, identificada Agata Ayanne da Silva, 30;
Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos. Todos
irmãos de Alex. Os autores transmitiram a morte das vítimas no Instagram.
Às 11h do mesmo dia, a polícia recebeu notícias das
morte de Maria José, mãe de Alex, e de Maria Nathalia Campelo do Nascimento,
27, esposa dele. Ambas haviam sido encontradas num canavial em Paudalho.
Os autores transmitiram a morte das
vítimas em uma rede social.
Fonte:
Metropois
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