Advogada investigada por matar ex-sogro e a mãe dele perseguia o ex com perfis falsos e 100 números de telefone, diz delegado

 

Foto: Reprodução

Investigação mostrou que Amanda Partata chegou a ameaçar a si própria nas mensagens para despistar a suspeita, segundo o delegado. Mulher nega que tenha cometido o crime.

A advogada Amanda Partata, presa suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, perseguia o ex, segundo o delegado Carlos Alfama. A investigação mostrou que a mulher usava perfis falsos em uma rede social e mais de 100 números de telefone para a perseguição.

“Descobrimos que os 100 números eram derivados de uma tecnologia que mascara o número original, cadastrado no número do irmão da Amanda. Mas ela colocou o e-mail dela e o celular dela para a confirmação no programa”, detalhou o delegado.

Ao ser questionada na porta da delegacia, a mulher negou que tenha cometido o crime e disse também que está grávida. O g1 pediu um posicionamento à defesa de Amanda, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

O delegado informou que as ameaças começaram no dia 27 de julho deste ano, quando relacionamento estava na fase final. O término aconteceu, de fato, em 10 de agosto. Segundo Alfama, o ex de Amanda era ameaçado por SMS e pelo menos 6 perfis em uma rede social, que comprovou que o e-mail usado era da suspeita.

“A Amanda se mostrou inteligente. Para tirar o foco de suspeita, ela chegou a ameaçar a si mesma para o ex, falou que ia matar ele a e ‘namoradinha’, se referindo a ela mesma”, detalhou.

A investigação mostrou que os números de telefone ligavam para o ex de Amanda e ninguém dizia nada. O homem chegou a registrar um boletim de ocorrência por conta da perseguição e o caso era investigado.

Questionada sobre os perfis falsos, Amanda disse que não os criou, mesmo sendo comprovado pela polícia, segundo o delegado. Alfama afirmou, inclusive, que pediu a senha do celular dela, já que ela não seria culpada, e ela negou.

Ao comentar sobre a prisão, o delegado Carlos Alfama declarou que se trata de um “caso complexo e que envolve até um grau de psicopatia”.

Amanda é advogada em Itumbiara, no sul goiano. Nas redes sociais, ela também se apresentava como psicóloga e fazia publicações com comentários sobre livros diversos.

Porém, segundo o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela não tem registro profissional ativo no banco de dados do Conselho.

Relação com as vítimas

Ao g1, o advogado da família das vítimas explicou que Amanda teve um relacionamento íntimo com o filho de Leonardo, mas que o rapaz decidiu terminar a relação amigavelmente.

A mulher teria, então, revelado que está grávida do rapaz e, por isso, continuava frequentando o ambiente familiar, apesar de já não ser mais a companheira do filho de Leonardo.

“Quando ela falou que estava grávida e mandou um exame, ele [ o filho de Leonardo ] disse que ia assumir, a família toda acolheu. [...] O que nós não conseguimos entender é porque alguém iria querer matar o pai do próprio filho, ou o avô, realmente deve ser alguma psicopatia”, afirmou o advogado Luís Gustavo Nicoli.

Entenda o caso

O caso começou a ser investigado na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã de domingo (17).

Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram e morreram ainda no domingo.

 

Fonte: G1

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