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Foto: Reprodução |
Vítima relatou que foi
impedida de entrar no estabelecimento por um funcionário da loja, que alegou
‘questões de segurança’. Policiais apreenderam equipamentos de vídeo da loja
com autorização judicial.
A delegada negra Ana Paula
Barroso, diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis,
da Polícia Civil do Ceará, poderia ter prendido o segurança que a impediu de
entrar no estabelecimento, disse a Polícia Civil nesta segunda-feira (20). A
polícia investiga o caso como suspeita de racismo.
“Ela [a delegada barrada na
loja] estava com uma sacola de uma loja popular e não sabe dizer de fato o que
houve. Ela só lembra do funcionário dessa loja a retirando do estabelecimento
dizendo que ela teria que sair dali por motivo de segurança. Ela poderia
inclusive dar voz de prisão e prendê-lo em flagrante pelo fato de estar
consternada. Ela ficou em choque e não deu voz de prisão”, afirmou a titular da
Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Anna Cláudia Nery, que investiga o
caso.
Ainda segundo a delegada, a
loja não colaborou nas investigações e recusou fornecer imagens das câmeras de
segurança. No domingo (19), os policiais obtiveram determinação da Justiça e
fizeram apreensão dos equipamentos de filmagem da loja.
“Em nenhum momento a loja
contribuiu e esse foi um dos motivos, o principal motivo, pelo qual foi
apresentada busca e apreensão dessas imagens. Porque essas imagens podem ser
adulteradas, e a gente precisa da preservação dessas imagens na íntegra”.
“Foi dado entrada no ofício tanto para o shopping como para a loja pedindo as
imagens naquele dia e horário determinado. O shopping deu sem nenhum problema e
a loja no primeiro momento disse que ia falar com o seu assessor jurídico dela
e após a resposta da sua assessoria jurídica nos daria retorno. Esse retorno
não chegou. E no outro dia entramos com o segundo ofício sobre a necessidade
das imagens”, detalhou a policial que apura o caso.
Seguranças, cliente e
funcionários serão ouvidos
Polícia apreende equipamentos de vídeo em loja em Fortaleza onde mulher negra
denuncia caso de racismo — Foto: Reprodução
Polícia apreende equipamentos de vídeo em loja em Fortaleza onde mulher negra
denuncia caso de racismo — Foto: Reprodução
A delegada afirmou também
que dois seguranças do shopping e uma cliente que testemunharam o caso serão
ouvidos.
“Essas imagens foram
capturadas ontem [domingo] e vão para a perícia. Outras pessoas serão ouvidas.
Dois outros seguranças do shopping serão ouvidos que presenciaram. Uma terceira
testemunha será ouvida que era uma cliente estava na loja e que presenciou por
último o funcionário da loja”.
O inquérito policial que
investiga o suposto crime foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher de
Fortaleza. O mandado judicial teve como objetivo apreender todos os
equipamentos de registro de imagens da loja, localizada no Bairro Edson
Queiroz.
O caso ocorreu na
terça-feira (14), quando a delegada Ana Paula Barroso foi impedida de entrar no
estabelecimento comercial por um funcionário, sob a alegação de “questões de
segurança”.
A Polícia Civil informou
que, mesmo questionando e pedindo mais explicações acerca da conduta do
funcionário, ela recebendo sem permissão para entrar no local.
Fonte: Cariri Ceará
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