Parque Jurássico: escavações em Missão Velha acham restos de tubarão, crocodilo e peixes extintos

 

Foto: Reprodução


Traços de um meteorito ou cometa encontrados no local serão estudados para descobrir se o material está relacionado a uma mortandade local ou global

O trabalho de escavações na Formação Brejo Santo, em Missão Velha, encontrou fósseis de peixes, restos de um crocodilo e até o espinho de um tubarão extinto. As peças datam o período Jurássico, há 150 e 155 milhões anos. A pesquisa faz parte de um projeto, financiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), que analisa as camadas de bone bed (“leito ósseo”) da Formação, que compõe a Bacia Sedimentar do Araripe.  O trabalho de escavações na Formação Brejo Santo, em Missão Velha, encontrou fósseis de peixes, restos de um crocodilo e até o espinho de um tubarão extinto. As peças datam o período Jurássico, há 150 e 155 milhões anos.

 

A pesquisa faz parte de um projeto, financiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), que analisa as camadas de bone bed (“leito ósseo”) da Formação, que compõe a Bacia Sedimentar do Araripe.   

 

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O paleontólogo Álamo Feitosa, professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), explica que os estudos na Bacia do Araripe ocorrem com menor frequência que as escavações em Santana do Cariri e Nova Olinda, por exemplo, onde tem os melhores afloramentos do Cretáceo do mundo. “Os animais são mais completos, conservados. Por isso, essa parte ainda é pouco estudada”, justifica. 

 

CONSERVAÇÃO

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Geociências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a bióloga Thatiany Alencar Batista, que trabalha com Tafonomia — área da Paleontologia que tenta entender como esses organismos se preservaram nas rochas — reforça que as características de formações como Crato e Romualdo são diferentes da formação Brejo Santo, que apresentava ambientes de lagos em contato constante com rios.

 O trabalho de escavações na Formação Brejo Santo, em Missão Velha, encontrou fósseis de peixes, restos de um crocodilo e até o espinho de um tubarão extinto. As peças datam o período Jurássico, há 150 e 155 milhões anos.

 A pesquisa faz parte de um projeto, financiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), que analisa as camadas de bone bed (“leito ósseo”) da Formação, que compõe a Bacia Sedimentar do Araripe.   

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 CONSERVAÇÃO

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Geociências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a bióloga Thatiany Alencar Batista, que trabalha com Tafonomia — área da Paleontologia que tenta entender como esses organismos se preservaram nas rochas — reforça que as características de formações como Crato e Romualdo são diferentes da formação Brejo Santo, que apresentava ambientes de lagos em contato constante com rios.

 Escavações em Missão Velha

Legenda: A camada de fósseis é estudada há um ano e três meses

Foto: Laboratório de Paleontologia da Urca/Divulgação

“Os fósseis são encontrados desarticulados, pois, vêm de longa distância até se depositarem, sendo assim, encontradas partes isoladas do corpo e não animais completos ou quase completos”, explica.  

 Apesar de não ser tão atrativo aos olhos e pouco estudados, os fósseis encontrados em Missão Velha trazem informações valiosas a respeito do período Jurássico e estão em melhores condições de preservação do que se imagina, segundo a pesquisadora.

 Os animais possuem nos ossos um mineral chamado hidroxiapatita, que no processo de fossilização são substituídos para os mineis na rocha. Apesar de não estarem completos, temos encontrado hidroxiapatita nestes fósseis”

THATIANY ALENCAR BATISTA

Bióloga

A formação Brejo Santo tem sido importante para entender a parte de transição do Jurássico para o Cretáceo. “O que culminou nesta mudança?”, questiona Álamo. Na época, a Terra vivia um período úmido com chuvas acima de 6 mil milímetros. 

“As árvores e animais eram grandes. De repente, houve uma catástrofe natural para os animais ficarem menores, o clima mais quente, mais cedo. Houve um aquecimento global extremo”, descreve Álamo

 

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Fonte: Diáreio do Nordeste


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