Régua para medição do Açude do Castanhão. Barragem do Açude do Castanhão nesta terça-feira, 9 (Foto: Aurelio Alves).
Mesmo
com o crescimento no acumulo de água apontado nos números, ainda não é possível
afirmar que efeito seja causado pelas águas do São Francisco
Depois de quedas contínuas no
primeiro mês da quadra chuvosa, o nível do açude Castanhão parou de cair e
começou a subir neste mês de maio. Efeito das chuvas, sobretudo na região do
Cariri, que chegam ao açude pelo rio Jaguaribe. E há possibilidade de que já
haja impacto também das primeiras águas da transposição do rio São Francisco,
embora ainda não haja certeza. Essa confirmação só haverá com aumento mais
expressivo do nível do reservatório.
"Já tinha água no rio
Jaguaribe vinda da quadra chuvosa no Cariri. Até que tenha um aumento relevante
ainda não é possível confirmar que essas águas são do São Francisco",
explica o administrador do Complexo Castanhão por parte do Departamento de
Obras Contra as Secas (Dnocs), Braulino Coelho.
No último dia 1º de março, a abertura
da comporta do km 53 das obras do Cinturão das Águas do Ceará – CAC iniciou o caminho das águas do Velho Chico até o
Castanhão. A água avança mais rápido do que se projetava. O maior açude do
Ceará é responsável pelo abastecimento de municípios do Vale do Jaguaribe e da
Grande Fortaleza.
A quadra chuvosa teve início em
fevereiro. Apesar disso, desde o início do mês passado, o nível do Castanhão vinha
em queda contínua. As chuvas e água trazida pelo Jaguaribe não eram suficientes
para compensar a evaporação e a liberação de água para consumo. Todavia, desde
o início de março, começou uma gradual elevação de nível. Conforme números da
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), de 1º de março até esta
terça-feira, 9, o nível do açude passou de 10,11% para 10,32%.

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