Policiais encontraram a política escondida dentro de uma cama box em sua
residência. Jeanine e cinco de seus ministros são investigados por envolvimento
na derrubada de Evo Morales em 2019.
A ex-presidente
boliviana Jeanine Áñez foi detida na madrugada deste sábado (13). Policiais a
encontraram escondida dentro de uma cama box no momento da prisão.
“Informo ao povo
boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos
da polícia”, disse o ministro em suas contas no Twitter e no Facebook.
Segundo a Agência
Boliviana de Informação, a ex-presidente estava em sua residência no momento da
prisão. Quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se escondeu
dentro da cama. Os agentes chegaram a pensar que Jeanine teria fugido para o Brasil,
mas, ao vasculharem a casa, a encontraram escondida.
Jeanine Áñez é
investigada por envolvimento na derrubada de Evo Morales em 2019.
O Ministério Público
boliviano ordenou a prisão da ex-presidente Jeanine Áñez e cinco de seus
ex-ministros. O ex-ministro da Energia, Rodrigo Guzmán, já foi
preso em Trinidad. Os outros ministros buscados pelo MP são Arturo Murillo,
Yerko Núñez, Luis Fernando López e Álvaro Coimbra.
Eles são
investigados por envolvimento na derrubada do governo de Evo Morales em 2019. A
acusação do MP, segundo documentos que circulam em redes sociais e
identificados pelo jornal local "La Razón", inclui terrorismo,
traição e conspiração.
Por meio de sua
conta no Twitter, a ex-presidente Áñez disse que “a perseguição política já começou".
"O MAS
[partido de Evo Morales e Luis Arce] decidiu voltar ao estilo de ditadura. É
uma pena porque a Bolívia não precisa de ditadores, precisa de liberdade e
soluções", disse Áñez.
O momento em que a ex-presidente boliviana Jeanine Áñez é levada presa. — Foto: Ricardo Carvallo Terán/ABI
A ordem de prisão
inclui ainda ex-membros do alto comando militar boliviano em 2019, entre eles o
almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha; Jorge Gonzalo Terceros,
ex-comandante da Força Aérea, o general Gonzalo Mendieta, ex-comandante do Exército;
além do general Jorge Gonzalo Terceros, da Força Aérea Boliviana.
O ex-presidente
Carlos Mesa, opositor ao governo de Luis Arce, disse que a Bolívia está
"em um processo de perseguição política pior que nas ditaduras".
"Age-se contra aqueles que defenderam a democracia e a liberdade em 2019.
O poder judicial e o Ministério Público 'massistas' (apoiadores do MAS) são o
martelo executor. Os autores da fraude se anistiam e fingem ser vítimas",
acrescentou.



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