O projeto estabelece que "grupos mais
vulneráveis" devem ser priorizados na vacinação
O Senado aprovou nesta quinta-feira, 3, um projeto de lei que
estabelece a disponibilização gratuita de vacina contra a covid-19 para
toda a população. O texto determina que a imunização é um direito de todos e
dever da União, Estados, Distrito Federal e municípios. A matéria segue agora
para análise da Câmara dos Deputados.
O
projeto estabelece que "grupos mais vulneráveis" devem ser
priorizados na vacinação. Conforme o Estadão, sistema de notícias em tempo real
do Grupo Estado revelou, idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e
indígenas serão os primeiros a ser vacinados contra a covid-19 no País, segundo
cronograma apresentado na terça-feira, 1, pelo Ministério da Saúde em reunião
com um comitê de especialistas e obtido pelo Estadão.
Conforme
mostrou o Broadcast Político, o texto aprovado nesta quinta-feira é uma versão
mais "light" do projeto apresentado pelo senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE), que estabelecia critérios técnicos específicos para a entrega
de doses e transferência de recursos para Estados e municípios.
Pela
redação original, os repasses deveriam considerar tamanho da população,
porcentual de população imune à doença e proporção de grupos vulneráveis em
relação ao total da população. O relator da proposta, Nelsinho Trad (PSD-MS),
no entanto, retirou os critérios detalhados e deixou a definição das regras
para um regulamento a ser elaborado.
As
regras, segundo o PL, devem ser baseadas em "informações e dados
demográficos, epidemiológicos e sanitários".
O governo
deverá dar transparência aos critérios escolhidos e ouvir a comissão formada
por secretários estaduais e municipais e o Conselho Nacional de Saúde.
Informações sobre distribuição de doses e recursos também devem ser públicas e
disponibilizadas online.
Não há, no entanto, um prazo para
que o governo apresente o regulamento com os critérios de imunização. O texto
original previa que o documento deveria ser elaborado em até 30 dias, mas o
relator considerou "inconstitucional" determinar uma data.
O
projeto de lei estabelece ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) terá
prioridade nas aquisições e na distribuição das vacinas contra a covid-19, até
que as metas de cobertura vacinal nacional sejam alcançadas.
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