Comissão
Covid-19 do Vaticano e Pontifícia Academia para a Vida publicaram um documento
conjunto de 20 pontos sobre processo de vacinação
Da redação, com Santa Sé
A Comissão Covid-19 do Vaticano e a Pontifícia
Academia para a Vida publicaram, nesta terça-feira, 29, um documento conjunto
de 20 pontos abordando as questões e as prioridades que surgem nas várias fases
do processo de vacinação,
desde a pesquisa e desenvolvimento até patentes e exploração comercial,
passando por aprovação, distribuição e administração.
O documento
reitera o papel essencial que as vacinas desempenham no combate à pandemia, não
apenas em relação à saúde pessoal individual, mas também para proteger a saúde
de todos. A Comissão Covid-19 do Vaticano e a Pontifícia Academia para a Vida
lembram aos líderes mundiais que as vacinas devem ser fornecidas a todos de
maneira justa e equitativa, priorizando os mais necessitados.
Ecoando a
mensagem de Natal Urbi et Orbi do
Papa Francisco, o documento convida os líderes mundiais a resistir à tentação
de aderir a um “nacionalismo vacinal”, exortando os Estados-nação e as empresas
a cooperar, e não para competir uns com os outros.
Em comunicado à
imprensa, o Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano
Integral (DSDHI), que também preside a Comissão, Cardeal Peter K.A. Turkson,
disse: “Estamos gratos à comunidade científica por ter desenvolvido a vacina em
tempo recorde; agora, cabe a nós garantir que seja disponível para todos,
especialmente os mais vulneráveis. É uma questão de justiça. Temos que provar,
de uma vez por todas, que somos uma família humana.”
“A
interconexão que une a humanidade foi revelada pela pandemia de Covid-19”,
disse o arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a
Vida. “Junto com a Comissão, estamos trabalhando com muitos parceiros para
revelar as lições que a família humana pode aprender e para desenvolver uma
ética de risco e solidariedade para proteger os mais vulneráveis na
sociedade.”
“Estamos
em um ponto de inflexão na pandemia Covid-19 e temos a oportunidade de começar
a definir o mundo que queremos ver depois da pandemia”, disse Dom Bruno-Marie
Duffe, Secretário do DSDHI. “Do jeito que está, implantar vacinas – onde, para
quem e por quanto – é o primeiro passo que os líderes mundiais devem dar para
se comprometerem com a justiça e a equidade como princípios para a construção
de um mundo melhor pós-covid”, ressalta Padre Augusto Zampini, Subsecretário do
DSDHI.
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