CRATO PODERÁ PERDER ACERVO DOS 23 QUADROS DE SINHÁ D’AMORA QUE ERAM EXIBIDOS NO MUSEU DE ARTES VICENTE LEITE.


 
Autorretrato de Sinhá D'Amora

 Felizmente, alguém ameaça tomar uma medida contra o fechamento do Museu de Artes Vicente Leite, na cidade de Crato. Como é de domínio público, desde o final da administração do ex-prefeito Samuel Araripe (2008-2012) o Museu de Artes Vicente Leite de Crato encontra-se fechado. Durante os quatro anos da administração seguinte, a de Ronaldo Gomes de Matos (2013-2016) não foi movida uma palha para reabri-lo! E na atual gestão municipal, sob o comando do Sr. Jose Ailton Brasil, (a terceira que vê o museu fechado) já se passaram um ano e quatro meses e nenhuma medida foi anunciada para sanar o problema.

Pois bem, em Fortaleza existia o Memorial Sinhá D’Amora, mantido pela Prefeitura e também desativado desde 2013. O descaso levou o Sr. Olavo Correia Lima Filho, sobrinho da renomada pintora, a comunicar a Secretaria da Cultura da capital cearense: a família da artista entrará na justiça para reaver 14 quadros que lá eram exibidos. O acervo seria transferido para a Fundação Sinhá D’Amora que está sendo criada, em Lavras da Mangabeira, terra natal da pintora.


Sala do Solar da família de Sinhá D'Amora, no centro
da cidade de Lavras da Magabeira, onde funcionária a Fundação

 As providências do sobrinho de Sinhá D’Amora não param por aqui. Segundo a matéria de meia página – publicada na edição desta 6ª feira, dia 06, do “Diário do Nordeste” – o sobrinho da pintora "(também) luta há 10 anos para a preservação da memória artística de sua tia, no sentido de localizar 23 quadros doados ao Museu de Artes Vicente Leite, no Crato”.

 Quando localizado o valioso acervo, e tendo sua causa vitoriosa na Justiça, a família de Sinhá D’Amora, alocará todas as 37 telas (que dever estar empacotadas em Fortaleza e Crato?) e as reunirá na Fundação, com sede no vetusto solar -- uma bela casa existente no centro de Lavras da Mangabeira -- pertencente aos herdeiros da lendária Fideralina Augusta Lima, avó de Sinhá D’Amora.

Será que Crato, ex-Capital da Cultura do Cariri, assistirá passivamente a perda deste rico acervo? 
      É a pergunta que fica para reflexão da população cratense, neste fim de semana.

Por Armando Lopes Rafael
Fonte: blogdocrato.blogspot.com.br