06 GOVERNADORES RENUNCIAM A CARGOS.




As renúncias de governadores e prefeitos de capital para a disputa das eleições deste ano redesenharam o equilíbrio de forças entre os partidos que vão para as urnas nas eleições deste ano.
Ao todo, seis governadores e quatro prefeitos de capital renunciaram aos seus mandatos nesta semana -o prazo final para desincompatibilização dos gestores que vão disputar outros cargos é neste sábado (7).

Dos seis governadores que renunciaram -todos já reeleitos-, três são tucanos: Geraldo Alckmin (SP) deixou o cargo para disputar a Presidência da República. Já Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR) vão disputar uma cadeira no Senado.

Também renunciaram o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), de Sergipe, Jackson Barreto (MDB) e de Rondônia, Confúcio Moura (MDB). O PSB foi o partido que mais ganhou musculatura nos estados. Tinha três governadores e agora terá cinco: passará a comandar o governo de São Paulo com Márcio França e Rondônia com Daniel Pereira.

Os tucanos tiveram mais baixas: mantiveram Goiás com o vice José Eliton, candidato a reeleição, mas perderam o comando de São Paulo e Paraná. Já o PMDB perdeu o comando de Rondônia e Sergipe, mas herdou o governo de Santa Catarina.

Em muitos casos, a passagem de bastão não foi exatamente tranquila. Em Santa Catarina e Rondônia, governadores que saem e os que entram devem estar em campos opostos. Já em São Paulo e em Paraná, a tendência é de mais de um candidato da base aliada.

Entre os paulistas, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) devem se enfrentar. No Paraná, a nova governadora Cida Borghetti (PP) disputa a reeleição, mas ainda não tem assegurado o apoio de Beto Richa.

Outros quatro governadores reeleitos em fim de mandato não renunciaram: e não serão candidatos. No caso do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB) pesou a baixa popularidade. Já o governador do Acre Tião Viana (PT) declinou do Senado para apoiar seu irmão, o já senador Jorge Viana (PT). Na Paraíba e no Pará, a falta de acordo dos governadores Ricardo Coutinho (PSB) e Simão Jatene (PSDB) com seus respectivos vices foi crucial para eles permanecerem no cargo e conduzirem as articulações para fazer os sucessores. Nas eleições deste ano, a busca por um novo cargo público pelos governadores ganhou um novo componente: a manutenção do foro privilegiado.
Se não conseguirem um novo mandato, ficarão sem mandato em 2019. Dentre os políticos que renunciaram, Raimundo Colombo, Marconi Perillo, Beto Richa e Geraldo Alckmin são citados em delações premiadas.

Caso fiquem sem cargo, seus casos serão investigados na primeira instância.

Alckmin

Em um discurso de 19 minutos no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin fez críticas aos governos petistas sem citar Lula, elogiou o sucessor, Márcio França (PSB), e defendeu austeridade fiscal, mas responsabilidade social. "O que aguarda o vencedor desse ano nas eleições é um governo difícil com uma herança duríssima deixada pelo PT, que apenas começou a ser enfrentada pelo governo do atual presidente".

Ele também exaltou a situação das contas públicas em SP.