Troca na Assembleia
Legislativa do Ceará: Professora Zuleide Substitui Léo Suricate em Licença de
Renato Roseno.
O cenário político na Assembleia
Legislativa do Ceará (Alece) registra uma nova movimentação. O suplente Léo
Suricate (PSOL) encerrou sua breve passagem pelo mandato parlamentar e a
vaga, aberta pela licença do deputado titular Renato Roseno (PSOL), será
agora ocupada pela Professora Zuleide.
Léo Suricate, conhecido por
seu trabalho como artista e influenciador digital à frente da página
"Suricate Seboso", assumiu o posto temporariamente, dando voz a
pautas sociais e culturais. Com o fim de sua suplência, o próximo nome na lista
de sucessão do partido foi convocado.
A Professora Zuleide
assume a cadeira, trazendo sua experiência e histórico para o parlamento
cearense. Esta é mais uma alternância que demonstra a dinâmica de suplências na
Casa, garantindo que o mandato de Renato Roseno, durante seu período de
afastamento, continue sendo exercido por membros do mesmo partido.
O Efeito "Centelha"
na Alece: 30 Dias de Mandato São Suficientes Para Algo Além do Simbólico?
A posse da Professora Zuleide
Queiroz na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), assumindo a suplência em um
período de 30 dias, coloca em xeque a produtividade real dos chamados mandatos
"relâmpago". Em um parlamento conhecido pela lentidão burocrática e
pela complexidade dos ritos legislativos, a expectativa de que um mês seja
suficiente para implementar mudanças substanciais flerta perigosamente com o
otimismo ingênuo.
Enquanto a suplente traz
consigo uma vasta experiência em educação e militância social, pautas
inegavelmente vitais, a verdade nua e crua do processo legislativo é
implacável: projetos de lei de relevância demandam meses, senão anos, de
tramitação, análise em comissões, negociação política e votações em plenário.
A suplência de 30 dias corre o
risco de se resumir a um ato meramente protocolar e simbólico. A principal
"entrega" neste curto espaço de tempo tende a ser a apresentação de
projetos e requerimentos, que, após o encerramento do mandato, permanecerão
engavetados ou dependerão da boa vontade e priorização dos deputados titulares
para avançar. O resultado prático, para além da visibilidade momentânea e da
ocupação da cadeira por uma voz progressista, pode ser negligível.
Poderá a Professora Zuleide
reverter este ceticismo? Seu desafio é gigantesco: transformar uma oportunidade
efêmera em uma pressão política duradoura. Se o mandato for usado apenas como
uma tribuna para discursos apaixonados, mas sem a articulação nos bastidores
necessária para fazer andar o que for protocolado, a passagem pela Alece pode
se configurar apenas como uma centelha, bonita de se ver, mas sem o poder de
acender uma fogueira de mudanças efetivas. A esperança é que, mesmo que por 30
dias, a suplente consiga, no mínimo, incomodar o suficiente para que suas
pautas permaneçam vivas na Casa.

Postar um comentário