María Corina Machado convocou seus apoiadores a não comparecer às urnas nas eleições venezuelanas de domingo (25/05). — Foto: Alfredo Lasry R/Getty Images via BBC
Líder opositora venezuelana
foi reconhecida por sua defesa pacífica da democracia e dos direitos humanos em
meio à crise política no país. Prêmio também inclui bonificação em dinheiro de
11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões), entregue pelo Comitê
Norueguês do Nobel, em Oslo.
Líder da oposição na
Venezuela, María Corina Machado é a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2025,
anunciou o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, nesta sexta-feira (10).
A líder opositora venezuelana
foi reconhecida “por seus esforços persistentes em favor da restauração
pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela” (leia mais abaixo).
O prêmio totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).
Corina Machado é a 20ª mulher
a vencer o Nobel da Paz. Ela vive escondida na Venezuela desde que contestou
amplamente o resultado das eleições presidenciais ocorridas em julho de 2024,
marcadas pela falta de transparência e que deram a reeleição ao presidente
Nicolás Maduro. O resultado não é reconhecido internacionalmente.
A líder opositora foi impedida
de concorrer nessa eleição. Desde o pleito, o regime Maduro aumentou a
repressão sobre ela e outros nomes da oposição, como o candidato Edmundo
González. Corina Machado vive escondida na Venezuela e foi presa brevemente no ano
passado. Veja mais sobre a trajetória dela aqui.
‘Uma das vozes mais corajosas
da América Latina’
Segundo o Comitê Norueguês,
María Corina Machado foi laureada por representar “um dos exemplos mais
extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”.
O texto do comitê descreve a
opositora como uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado,
capaz de reunir grupos rivais em torno da defesa de eleições livres e da
restauração do Estado de Direito.
“A democracia é uma condição
prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é
essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem”,
destacou o comunicado.
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