PF ouve Wajngarten e atual advogado de Bolsonaro sobre denúncia de Cid

 

Foto Reprodução

Wajngarten, Kuntz e Bueno compareceram nesta tarde na superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Eles chegaram ao local por volta das 14h30, sem falar com a imprensa. Apesar de estarem em São Paulo, esses depoimentos foram tomados pela Polícia Federal em Brasília, por meio de videoconferência. Já Marcelo Câmara prestou depoimento em Brasília, onde está preso. 

Os depoimentos foram determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Cid apresentar à Polícia Federal documentos com declarações da mãe, da esposa e da filha relatando supostas “investidas” de Wajngarten e Bueno sobre elas.

Wajngarten foi secretário de Comunicação Social da Presidência e atuou na defesa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, e Costa Bueno é um dos atuais advogados de Bolsonaro.

Segundo a defesa de Cid, Wajngarten e Bueno teriam pressionado a mãe, a esposa e a filha do ex-ajudante de ordens em busca de detalhes sobre o conteúdo de sua delação. Também teriam tentado influenciar os familiares para que ele destituísse sua defesa já constituída. Para o ministro Alexandre de Moraes, as condutas narradas indicam a suposta prática do crime de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Eduardo Kuntz também teria procurado insistentemente a filha menor de Mauro Cid. Por isso, ele também será investigado por tentativa de obstrução da Justiça.

Bueno foi o primeiro a deixar a sede da PF, antes das 17h, mas saiu sem falar com a imprensa. Já Kuntz foi o último a sair do local. 

Após mais de 5h30 de depoimento aos agentes, Kuntz deixou o órgão depois das 20h e, em entrevista à imprensa, se limitou a dizer que sua “atuação profissional e legal foi totalmente dentro dos parâmetros, sem qualquer tipo de conduta ilícita ou com falha ética”.

Wajngarten

Na saída da Superintendência da PF em São Paulo, por volta das 17h20, Wajngarten concedeu entrevista à imprensa e disse que pretende entrar com um processo na justiça por calúnia, sem especificar contra quem.

“Terminei o meu depoimento, do qual eu não pude trazer uma cópia, repudiando de forma veemente a acusação de tentativa de obstrução, e a minha última frase é que eu tomarei as medidas cabíveis. Vou estudar as medidas cabíveis para ingressar com uma ação de denúncia caluniosa a quem quer que seja e eu vou estudar essas possibilidades”, disse ele. 

 

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